Brasil discutirá uso de CBDC para transações financeiras no G20
O Brasil irá abordar o tema das CBDCs (moedas digitais de banco central) e como elas podem aprimorar o sistema financeiro no G20. Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, declarou seu interesse em apresentar ao G20 os benefícios do uso dessas moedas para transações financeiras e em trabalhar para adaptar regras visando aproveitar esse potencial.
Ao assumir a presidência do G20 em 1º de dezembro, o Brasil utilizará sua posição para avançar na agenda digital e avaliar como as vinte maiores economias podem adaptar seus marcos regulatórios para aproveitar as moedas digitais, segundo ele. Durante um evento recente, Roberto Campos Neto explicou que o Brasil abordará esse tema no grupo.
“As moedas digitais podem reduzir significativamente os custos das transações internacionais. O G20 trabalhará para aprimorar o processo de liquidação e governança das transferências internacionais.”
Além disso, Campos Neto mencionou as melhorias que a programabilidade, uma característica das moedas digitais, traz para o cenário de transações financeiras, esclarecendo que ela pode oferecer ganhos de eficiência devido à possibilidade de agendar compras de ativos e pagamentos.
G20 no Brasil abordará CBDC
A monetização dos dados dos usuários será um fator significativo na redução dos custos associados ao uso dessas moedas, enfatizou Campos Neto. “É uma tecnologia que veio para ficar. Ela democratiza”, concluiu.
Atualmente, o Brasil está em fase piloto de sua futura moeda digital, chamada Drex, que apresenta um alto grau de programabilidade, incluindo a automação de transações envolvendo ativos como carros e imóveis.
O lançamento desta moeda poderá ocorrer em 2024, conforme declarações anteriores de Campos Neto. Além disso, a CBDC nacional deve unir o sistema financeiro tradicional com o amplo ecossistema de DeFi.
Campos Neto afirmou também que o objetivo da Drex é habilitar uma economia tokenizada para todos os brasileiros na qual os tokens RWA possam ajudar a democratizar oportunidades de investimento e ajudar na digitalização da economia do Brasil.