BTG vai ajudar Méliuz a comprar mais R$ 150 milhões em Bitcoin
A Méliuz anunciou nesta terça-feira (20), que escolheu o BTG Pactual para coordenar uma captação de R$ 150 milhões, destinada à compra de mais Bitcoin. A operação reforça a nova estratégia da empresa, que se tornou a primeira Bitcoin Treasury Company do Brasil.
A iniciativa segue o modelo da estadunidense Strategy, do empresário Michael Saylor e atualmente maior dententora de BTC do planeta.
De acordo com a empresa, o investimento será realizado por meio de uma oferta pública de ações ou títulos de dívida. Nesse sentido, o BTG Pactual liderará a operação como coordenador exclusivo. Conforme o anúncio, o valor captado poderá ser ainda maior, caso a empresa decida ativar um lote adicional.
Os acionistas do Méliuz aprovaram a mudança no modelo de negócios durante a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada em 15 de maio. Desde então, a empresa formalizou a alteração do objeto social para permitir investimentos diretos em Bitcoin (BTC). Além disso, a nova missão da companhia é simples: aumentar a quantidade de Bitcoin por ação, em benefício de seus acionistas.
Segundo o comunicado da empresa, “o objetivo não é apenas proteger o caixa contra inflação, mas sim reposicionar o negócio como uma tesouraria cripto”. A proposta inclui uso de caixa operacional e instrumentos do mercado de capitais para ampliar a exposição ao BTC.

Méliuz e compra de Bitcoin
O primeiro passo foi dado ainda em março, quando o Méliuz comprou 45,72 BTC. Em maio, a empresa reforçou a posição com mais 274,52 BTC, totalizando 320,25 BTC em tesouraria. O investimento somado é estimado em US$ 32,5 milhões, com preço médio de US$ 101.703 por unidade.
A estratégia do Méliuz provocou uma reviravolta em sua performance na bolsa. Em 2021, as ações CASH3 atingiram R$ 54,15, mas perderam mais de 90% de valor nos anos seguintes. No entanto, com o anúncio da nova estratégia, os papéis dispararam 122% desde março e acumulam alta de 150% em 2025, segundo dados do Google Finance.
O presidente do conselho e fundador do Méliuz, Israel Salmen, celebrou o resultado.
“Encerramos a semana cotados acima do nosso IPO”, escreveu no X, destacando que a ação fechou a R$ 6,99, superando o valor de estreia em 2020.
Além disso, Salmen também explicou que a alteração no estatuto da empresa visa garantir segurança jurídica para operações com criptoativos. O novo texto inclui cláusulas que autorizam o investimento em Bitcoin e ativos atrelados.
Apesar da mudança, o Méliuz continuará com seu modelo de plataforma de cashback, que segue como base da geração de caixa.
“A operação principal segue firme, e será o motor que permitirá adquirir mais BTC ao longo do tempo”, afirma a empresa.
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