Caixa investe R$ 1,3 milhão para abraçar a blockchain
A Caixa Econômica Federal, um dos principais bancos estatais do país, anunciou um investimento milionário no setor blockchain. Com isso, a infraestrutura da instituição deverá sofrer mudanças significativas em breve. A informação está presente no Diário Oficial da União do dia 6 de maio.
A GoLedger, empresa contratada pelo banco, será a responsável por prestar serviços especializados no setor financeiro. O contrato entre as partes foi assinado no dia 25 de abril.
Produtos Mínimos Variáveis (MVPs), capacitação de equipes e o mapeamento de oportunidades são alguns exemplos de iniciativas que ambas as empresas irão desenvolver nos próximos anos.
Instabilidades não são novidade para a Caixa
Usuários frequentemente reclamam dos serviços digitais da instituição, como o Caixa Tem e o Internet Banking tradicional. Falhas de login, dificuldades para realizar pagamentos via Pix e outros problemas estão entre as principais manifestações dos clientes.
A plataforma ReclameAqui categoriza o atendimento do usuário como “ruim”, com nota média de 5,7 nos últimos seis meses (dados de maio de 2025). O quadro se agrava especialmente em períodos de maior fluxo de movimentações, como pagamentos de benefícios sociais.
A tecnologia blockchain é conhecida por ser altamente segura, rápida e escalável. Isso significa que a instituição financeira está cogitando melhorar os seus sistemas internos para oferecer serviços mais sólidos à população.
Com experiência em outras estatais e empresas mistas, como Banco do Brasil e Petrobrás, a GoLedger poderá auxiliar no desenvolvimento e manutenção de “redes privadas e autorizadas para transações seguras e eficientes”.
Outros bancos tradicionais e a blockchain
Itaú, Santander, Bradesco e Nubank são alguns exemplos de bancos tradicionais que já fazem uso da tecnologia blockchain há alguns anos. Com isso, eles passaram a oferecer produtos e serviços mais personalizados e acessíveis, sobretudo às camadas mais pobres da população.
O Real Digital, também conhecido como Drex, é uma iniciativa do Banco Central do Brasil (BCB) que tem como objetivo melhorar a interconectividade do sistema bancário nacional, proporcionando compatibilidade com as finanças descentralizadas (DeFi). A iniciativa da Caixa sugere que não deseja ir na contramão da principal autarquia financeira do país.
Mecanismos de compliance, como KYC e AML, podem ser automatizados por meio da tecnologia blockchain. Conforme a Caixa “abrace o digital”, unidades físicas, como o Poupa Tempo (que tem parceria com a Caixa), agências e lotéricas poderão sofrer uma redução substancial em seus fluxos.
Contratos futuros (ETFs) de bitcoin, Ether e outros ativos digitais, como stablecoins, poderão ser incorporados aos serviços da Caixa. Usuários de baixa renda também poderão ser contemplados com produtos Web3 exclusivos, com juros menores que os praticados pelo mercado financeiro tradicional.
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