Calper e Transfero: mercado imobiliário avança com criptomoedas

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Seguindo a tendência global, a construtora Calper agora aceita criptomoedas como meio de pagamento. A empresa utiliza a solução de pagamentos da Transfero para realizar a ponte entre o mundo físico e o digital.

Interessados em adquirir propriedades do projeto Art Wave, localizado na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, poderão fazê-lo através de ativos digitais. O processo é bastante parecido com uma negociação bancária, mas com taxas mais convidativas e maior flexibilidade, pois vários criptoativos podem ser utilizados para esse fim.

De acordo com o Globo, cerca de R$ 100 mil em moedas virtuais já foram movimentadas em um mês. Isso significa, de maneira simplificada, que as criptomoedas estão sendo utilizadas pelos clientes para amortizar parte do valor devido à construtora.

O BRZ, stablecoin controlada e emitida pela Transfero, é utilizado para converter os valores cripto em moeda nacional. Dessa forma, empresários aumentam o seu escopo de operações e garantem a estabilidade financeira das movimentações.

Outras construtoras, além da Calper, com criptomoedas

Outras construtoras também já aceitam criptomoedas como meio de pagamento, atestando a eficácia do novo dinheiro no mercado imobiliário – que cresce ao redor do mundo.

Gafisa, Lumy, Even e Melnick, por exemplo, utilizam sistemas de pagamentos digitais integrados à economia blockchain. Em 2021, a Even realizou parceria com a Mercado Bitcoin para permitir o pagamento integral de imóveis com ativos digitais.

Tecnisa também tem histórico no aceite de criptomoedas como meio de pagamento, algo que iniciou em meados de 2014. Já a Katz Engenharia também aceita pagamentos de valores de entrada de imóveis em bitcoin (BTC).

Interoperabilidade jurídica torna tudo mais fácil

O diálogo entre as esferas pública e privada faz com que os interessados se sintam mais confortáveis em adotar criptomoedas. Associações comerciais, como a ABCripto e a ABToken, são algumas das responsáveis por auxiliar as autoridades a construírem um arcabouço legal favorável para a inovação e o crescimento do setor.

Em entrevista ao PanoramaCrypto, Regina Pedroso, diretora da ABToken, mencionou, por exemplo, que grande parte dos esforços da associação tem como objetivo garantir a segurança jurídica de ambas as partes envolvidas. Iniciativas educacionais são frequentemente construídas de forma a orientar não só a população em geral, como também todo o corpo legislativo.
Mesmo com uma regulamentação ainda em desenvolvimento, o mercado imobiliário continua a crescer no país. Segundo informações do Valor, até US$ 4 trilhões em imóveis deverão ser tokenizados até 2035. Avanços tecnológicos institucionais, como o Drex, podem ajudar a fomentar essa tendência.

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  • 7 de Julho, 2025