Cidade de São Paulo é a 7ª do mundo em demissões no setor de criptomoedas
O “inverno cripto” do último ano resultou em uma série de demissões em massa no mercado de criptomoedas. Em todo o mundo, exchanges, gestoras, empresas de empréstimos e outras do setor cripto precisaram desligar boa parte de sua força de trabalho diante do cenário de baixa que se estabeleceu na indústria.
E o Brasil não ficou fora disso. Na verdade, o país aparece na lista dos que mais demitiram profissionais do mercado de ativos digitais. São Paulo ficou em sétimo lugar em todo mundo entre as cidades que mais demitiram.
Os dados são de uma pesquisa recente, conduzida pela plataforma de dados de criptomoedas CoinGecko, e publicada nesta sexta-feira (04).
Demissões em massa no mercado cripto
Conforme destacou o CoinGecko, essas demissões em massa resultam do inverno cripto e do ambiente macroeconômico conturbado. Para analisar melhor de que forma esse processo se deu no mundo, o CoinGecko examinou o número de funcionários demitidos em empresas de criptomoedas em 2022 até o momento. Então, a plataforma agrupou os dados de acordo com o local da sede da empresa.
De acordo com a pesquisa, quase metade de todas as demissões do setor ocorreram nas cidades de São Francisco, Dubai e Nova York. As empresas com sede nesses locais representaram 49,8% dos funcionários demitidos no mundo.
São Francisco liderou com 1.142 demissões no acumulado do ano (YTD). Em termos globais, isso equivale a 25,7% das demissões em todo o mundo do setor de cripto.
“Isso pode ser atribuído à densidade de empresas de criptomoedas com sede em São Francisco, que tem sido um centro de alta tecnologia ao lado do Vale do Silício”, destacou a pesquisa.
Em seguida, vem Dubai com 609 funcionários demitidos de empresas de criptomoedas no ano. Ou seja, cerca de 13,7% das demissões de criptomoedas em todo o mundo. Nova York vem logo depois com 463 funcionários demitidos, ou 10,4% das demissões de criptomoedas a nível global.
Após Nova York vem: Singapura com 368 funcionários de cripto demitidos em 2022, Viena com 270 e Nova Jersey com 250. Em seguida, em sétimo lugar vem a cidade mais populosa do Brasil, São Paulo, com 190 funcionários de cripto demitidos no acumulado do ano.
De acordo com dados do layoffs.fyi, usados na pesquisa, em São Paulo, a empresa de cripto que mais demitiu foi a 2TM, companhia por trás da exchange de criptomoedas Mercado Bitcoin.
EUA foi país que mais demitiu
Em todo o mundo, o país que mais demitiu profissionais de cripto foram os Estados Unidos, com 2.080 demissões (46,7%).
“Embora não seja surpreendente que as cidades dos EUA tenham ocupado mais lugares entre as 15 principais cidades por demissões de cripto, vale ressaltar que houve uma diversidade de cidades. Isso sugere um rápido desenvolvimento e crescimento do setor de ativos digitais além do Ocidente durante o mercado em alta de 2020 e 2021”, diz a pesquisa.
Para o estudo, foram analisadas as demissões no setor de cripto que foram divulgadas publicamente. O período de análise vai de 1º de janeiro de 2022 a 1º de novembro de 2022. O número de funcionários demitidos foi agrupado por cidade, de acordo com o local que as empresas declararam oficialmente em seu site, perfil no LinkedIn ou anúncios públicos.