Guia para iniciantes: como comprar bitcoin e outras criptomoedas?
As principais opções tradicionais de investimento são renda fixa adaptada, fundos e ações de setores beneficiados, segundo a Exame. Entretanto, a eficácia dessas aplicações tende a oscilar com cortes na taxa Selic, alta inflação e estagnação econômica do país. Essa combinação está aumentando o número de brasileiros com aplicação em renda variável e, consequentemente, no universo das criptomoedas.
Apesar da volatilidade, os ativos digitais como o bitcoin (BTC) estão sendo mais aceitos e reconhecidos como oportunidade para proteger ou aumentar o patrimônio, independente do perfil do investidor. Além de o BTC ser comparado ao ouro e ser apontado como reserva de valor para se proteger da inflação, demais criptoativos também são formas de pagamento.
Pensando nisso, um guia foi elaborado para que os iniciantes no universo das criptomoedas possam dar os primeiros passos de maneira acertada.
Como começar no mercado cripto?
O primeiro passo para começar a investir em criptomoedas é saber como o ecossistema funciona. Saber alguns conceitos básicos sobre criptomoedas e tecnologia blockchain é necessário para entender o que está acontecendo. Por exemplo, o bitcoin é o ativo mais valioso que existe e tem grande influência na variação de preço de outros projetos. Então, saber o momento de comprar é uma boa dica para evitar prejuízo.
Também vale escolher plataformas confiáveis para acompanhar as mudanças do mercado e os ativos em alta. E, para isso, existem inúmeros portais à disposição dos usuários. O mais conhecido é o CoinMarketCap, pelas funcionalidades, informações e fácil navegação. O site informa:
- Preço médio dos principais criptoativos atualizado em tempo real;
- Categorização dos ativos;
- Lista de exchanges centralizadas (CEX) e descentralizadas (DEX).
Além disso, é importante planejar uma estratégia para a compra de ativos, considerando o valor que será aplicado no mercado cripto. Por ser considerado um investimento de risco, a maioria dos investidores destina entre 1% e 5% do portfólio às criptomoedas. Porém, esse montante pode variar segundo o perfil de cada investidor.
Por fim, o iniciante precisa escolher o meio pelo qual comprará criptomoedas: bolsa de valores, exchanges ou diretamente com outro usuário (P2P).
Enquanto os fundos de investimento de futuros (ETF) e transações P2P são mais complexos, uma corretora cripto (exchange) é uma alternativa mais simplificada. A maior parte delas não exige conhecimento tecnológico ou aprofundado do mercado.
Por exemplo, o aplicativo da Transfero possibilita negociar criptomoedas em uma interface de fácil utilização para quem está iniciando, bem similar à encontrada no mercado tradicional.
Descubra o seu perfil de investidor
Independentemente do seu grau de conhecimento técnico sobre o mercado, existem três perfis principais de investidor. Conheça-os:
- Investidor Conservador: Esse perfil de investimento tende a ser mais cauteloso na escolha de criptomoedas que deve comprar e prefere não correr grandes riscos, preferindo operações de longo prazo;
- Investidor Moderado: Esse perfil tende a variar entre estratégias de baixo e alto risco enquanto analisa as melhores oportunidades do mercado;
- Investidor Arrojado: Conhecido por aceitar riscos maiores envolvendo investimentos em criptomoedas, segue estratégias mais ousadas visando alto retorno.
Não existe uma escolha “certa” ou “errada”, e sim a que melhor se adequa às suas necessidades financeiras e, claro, ao seu perfil individual.
Escolhendo estratégias de investimento
Logo após entender como funciona o mercado cripto e cada perfil de investimento, o próximo passo é escolher uma estratégia considerando o seu perfil, objetivo e realização de lucro. Entretanto, para os iniciantes no mercado cripto, pode ser ideal seguir um direcionamento mais conservador e, conforme novas experiências forem absorvidas, outras técnicas poderão ser aplicadas.
Estas são as estratégias mais consolidadas no mercado:
DCA – Média de Preço
Os usuários nem sempre compram ativos pelo melhor preço: a construção de uma média faz com que a carteira permaneça sempre o mais rentável possível, ainda que as cotações apresentem ou não picos otimistas. Então, uma tática para fugir da volatilidade a longo prazo, o investidor iniciante pode comprar uma determinada fração de bitcoin todos os meses, como se estivesse aplicando em ações da Bolsa. Essa estratégia de compra periódica de criptomoedas é chamada DCA (Dollar Cost Average).
Imagine que você deseja aplicar R$ 100 semanalmente em BTC, independentemente do preço da criptomoeda:
Semana 1: O Bitcoin está cotado a R$ 100.000. Com seus R$ 100, você compra 0,001 BTC.
Semana 2: O preço do Bitcoin cai para R$ 80.000. Com seus R$ 100, você compra 0,00125 BTC.
Semana 3: O preço do Bitcoin sobe para R$ 120.000. Com seus R$ 100, você compra 0,00083 BTC.
Em vez de “adivinhar” o melhor momento, você compra uma quantidade fixa. Em média, você está comprando BTC a um preço mais baixo do que se tivesse investido todo o seu dinheiro em um único momento.
“HODL”
Esta estratégia consiste em manter os ativos guardados até que o preço atinja o valor determinado pelo investidor. Assim, um HODLer pode guardar suas criptomoedas por vários anos sem qualquer movimentação.
Investidores iniciantes normalmente devem começar dessa forma: assim, eles conseguirão entender melhor o comportamento de cada criptomoeda ao longo do tempo. Com isso, estratégias mais arrojadas poderão ser desenhadas a fim de otimizar seus ganhos.
Trading
Trata-se de realizar operações de compra e venda em busca de lucro. Ela pode seguir a linha de scalp (várias operações em um espaço de tempo de minutos ou mesmo segundos), day trade (um número diário de operações, inferior ao scalp) ou swing trade (operações mais afastadas que levam de dias a semanas até serem concluídas).
Muitos iniciantes não sabem, mas também é possível ganhar na desvalorização das criptomoedas. Exchanges como a BitMEX, por exemplo, permitem operações Long (que proporcionam lucros mediante a valorização do ativo) ou Short (que proporcionam lucros mediante a desvalorização do ativo).
Traders mais arrojados também podem usar alavancagem (leveraging): trata-se de um empréstimo temporário que o usuário faz no momento da operação, aumentando o seu portfólio até um percentual máximo estipulado pela corretora.
Por exemplo, se você tiver R$ 1 mil em BTC, mas quiser operar como se tivesse R$ 10 mil, basta mover a barra de alavancagem para multiplicar o valor a ser operado em 10x. Seus potenciais lucros (e prejuízos) são multiplicados de acordo com o nível de alavancagem estipulado. Esse método não é recomendado para investidores iniciantes.
Yield Farming e staking
Essa prática, similar à Renda Fixa, consiste em bloquear parte do seu saldo cripto em carteiras específicas para receber juros em ativos digitais. Dependendo da plataforma utilizada, pode ser que o pagamento também inclua o recebimento de outras criptomoedas em ações de distribuição gratuita chamadas airdrop. São como “bônus” pagos aos participantes do investimento.
Uniswap, Aave, Compound e Curve Finance são apenas alguns exemplos de plataformas que disponibilizam essa modalidade de investimento. É aconselhável adquirir um pouco de conhecimento antes de fazer tais aplicações, uma vez que a volatilidade entre cada uma das opções pode variar bastante. Binance e Coinbase também disponibilizam serviços similares.
Como começar o investimento em criptomoedas?
Com devida cautela, as criptomoedas podem ser um bom investimento para iniciantes, podendo ser integradas em portfólios junto a ações e fundos de investimento. Assim como no mercado tradicional, o ecossistema blockchain exige acompanhamento contínuo sobre projetos, regulamentações e tantos outros assuntos pertinentes.
Iniciar aos poucos costuma ser a melhor ideia: é uma maneira simples e segura de “sentir o clima” do mercado, compreender o seu comportamento mediante momentos de crise ou euforia e, com isso, você se tornará cada vez mais apto(a) a realizar aplicações inteligentes e rentáveis.
O passo a passo do Transfero App pode ser o seu ponto de partida para ingressar neste mercado.
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