Como funciona o sistema financeiro com criptomoedas?

O mercado cripto representa um sistema financeiro descentralizado, conduzido pela negociação de criptomoedas como o bitcoin (BTC). No entanto, esse setor evoluiu com o crescimento da oferta de produtos, serviços e soluções criadas a partir da tecnologia blockchain.

• Mercado financeiro com criptomoedas
• Emissão de criptomoedas
• Novos segmentos no mercado cripto
• Integração com o mercado financeiro tradicional

Desde a criação do bitcoin, o mercado cripto cresceu de forma considerável. No último halving, as criptomoedas alcançaram mais de US$ 3 trilhões em capitalização de mercado.

Esse número representa um mercado em ascensão, embora seja conhecido pela alta volatilidade nos preços. E, com a integração da blockchain e de ferramentas digitais do mercado cripto no sistema financeiro, as criptomoedas ganham notoriedade no mercado financeiro tradicional.

Mercado financeiro com criptomoedas

O mercado financeiro com criptomoedas é representado pela composição de segmentos que vão além do bitcoin. A principal plataforma utilizada para a negociação de criptomoedas são as exchanges.

Existem também os aplicativos, as exchanges descentralizadas (DEX) e a negociação P2P. Esses são os tipos de negociação de criptomoedas que fundamentam o mercado cripto.

Enquanto isso, as criptomoedas representam a monetização do mercado cripto. Geralmente, são conhecidas como uma unidade de valor, divisível, e são criadas a partir da tecnologia blockchain.

O sistema financeiro com criptomoedas pode ser dividido entre investidores cripto e institucionais. Dentro dessa divisão, existe a diversificação da oferta de criptomoedas, que podem ser negociadas através de fundos de investimentos como ETFs. Portanto, produtos financeiros como ETFs e títulos de dívidas fazem parte do mercado financeiro com criptomoedas.

Emissão de criptomoedas

Diferentemente do mercado financeiro tradicional, grande parte dos projetos de criptomoedas não são centralizados. Ou seja, a oferta e emissão de ativos digitais pode obedecer critérios estabelecidos pelos usuários e ou registrados via blockchain.

Sendo assim, cada projeto possui suas especificidades. O bitcoin, por exemplo, possui um sistema deflacionário de emissão de ativos, atingindo um número máximo de 21 milhões de unidades.

Por outro lado, existem projetos de criptomoedas com emissão ilimitada, ou com um número de ativos maior que a emissão total do bitcoin. Essas regras que criam uma criptomoeda fazem parte do sistema financeiro do mercado cripto e determinam fatores como oferta, negociação e precificação de ativos digitais.

Novos segmentos no mercado cripto

Um novo segmento está se consolidando no mercado cripto e representa uma integração das criptomoedas com o mercado financeiro tradicional: a tokenização de ativos reais de valor.

O mercado de tokenização representa uma área em expansão no mercado cripto, ao oferecer uma forma digital de um ativo real de valor através de um token. De acordo com um estudo da MarketsandMarkets Research, a tokenização de ativos atingirá US$ 5,6 bilhões até 2026.

Embora não tenha se recuperado com as criptomoedas nos últimos meses, os tokens não fungíveis (NFTs) também representam um novo segmento no mercado cripto. Esse tipo de token, que é indivisível e pode representar uma arte digital, experiência única ou estar atrelado a outro ativo, possui um mercado próprio, com tokens sendo cunhados a partir de blockchains como Ethereum, Solana e Polygon.

Por fim, soluções de finanças descentralizadas (DeFi) também representam um segmento do mercado financeiro com criptomoedas. Esse setor é conhecido pela criação de ferramentas e soluções descentralizadas, como aplicativos descentralizados, capazes de integrar o mercado financeiro tradicional com o mercado cripto.

Integração com o mercado financeiro tradicional

O mercado cripto oferece soluções financeiras que estão sendo integradas ao mercado financeiro tradicional. A tecnologia blockchain, por exemplo, pode ser usada para gerenciar dados de sistemas financeiros como a emissão de CBDCs.

No Brasil, a CBDC Drex será emitida a partir da tecnologia blockchain, o que representa uma integração entre o sistema financeiro com criptomoedas e o mercado financeiro tradicional.

O aumento do interesse de investidores institucionais também representa uma integração entre esses dois mercados. No Brasil, o número de CNPJs que investem em criptomoedas bateu recorde, segundo dados da Receita Federal.

Soluções do mercado cripto também podem ser integradas além da tokenização de ativos de valor. É possível criar sistemas de empréstimo e oferta descentralizada de crédito a partir da tecnologia blockchain.

A integração cripto atingirá um novo patamar em 2024, com a aprovação de um ETF spot de bitcoin pela SEC dos EUA. Esse tipo de fundo de investimento é usado por investidores do mercado financeiro tradicional, e a adoção de criptomoedas representa um aumento da oferta de bitcoin e outros ativos digitais no mercado.

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