Consórcio com participação da Microsoft realiza operações com Drex
O consórcio organizado pela ABBC (Associação Brasileira de Bancos) pela Microsoft para o projeto-piloto do Drex, a moeda digital do Banco Central do Brasil (CBDC), realizou, em outubro, as primeiras emissões, resgates e transferências da moeda digital.
As operações ocorreram tanto entre carteiras próprias quanto com outros participantes do piloto e foram lideradas pelo Banco Ribeirão Preto (BRP).
“O Consórcio ABBC, o mais diversificado do projeto piloto do Drex, ilustra a sua significativa contribuição aos testes e, consequentemente, contribui com a agenda de inovação do Banco Central, fortalecendo o caminho para o nascimento de uma moeda tokenizada brasileira robusta e eficaz”, ressaltou Sílvia Scorsato, presidente da ABBC.
Atualmente composto por 16 participantes, o Consórcio ABBC é liderado pelo BRP e conta com a participação das seguintes instituições financeiras: ABC Brasil, Agibank, BMG, BOCOM BBM, BBC Digital, Banrisul, BS2, Efí Instituição de Pagamento, Pan, Conglomerado Original, PagBank e Stone Instituição de Pagamento. Além dessas, o consórcio também agrega as empresas BBChain, Microsoft e BIP.
Entre os próximos passos, o Consórcio prevê o aprimoramento das funcionalidades de sua plataforma, visando a ampliação do escopo passível de testes, que incluirá também as movimentações de Títulos Públicos Federais tokenizados (TPFt).
“Estamos reforçando o pedido para que as instituições parceiras testem a plataforma e nos informem sobre qualquer problema ou sugestão de melhoria, a fim de permitir a evolução contínua dos testes”, afirmou Euricion Murari, Diretor de Inovação e Serviços da ABBC.
Microsoft testa Drex
Recentemente, o Banco Central anunciou que a integração do Drex com o Ethereum e outras blockchains públicas é uma das prioridades para 2024.
Atualmente o Drex vem realizando seus testes no Hyperledger Besu, uma plataforma de blockchain privada, mas compatível com EVM, a máquina virtual do Ethereum. Portanto, pode ser integrada com todas as blockchains e tokens que também usam EVM.
Fabio Araujo, coordenador do Drex junto ao BC, destacou no evento que essa integração com blockchains públicas também será controlada pelo BC e terá que ser realizada por meio de processos de KYC e de prevenção a lavagem de dinheiro.