Coreia do Norte supera El Salvador e Butão em reservas de Bitcoin com hack da Bybit

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A Coreia do Norte se tornou um dos maiores detentores de Bitcoin do mundo, superando as reservas de países como El Salvador e Butão.

O aumento significativo nas participações norte-coreanas está diretamente ligado ao hack da Bybit de US$ 1,4 bilhão, ocorrido em fevereiro de 2025. O ataque foi atribuído ao grupo de hackers Lazarus, ligado ao governo norte-coreano.

A imagem apresenta informações sobre o Lazarus Group, um grupo de hackers associado à Coreia do Norte. O texto destaca que o grupo possui um total de US$ 1.163.506.365,76 em ativos, com um aumento de 0,74%. Ele detém 13.518 mil BTC (Bitcoin), 13.702 mil ETH (Ethereum), 5.022 mil BNB (Binance Coin), 2.207 milhões de DAI, 646 mil BUSD (Binance USD), 426.765 mil USDT (Tether), 344.7 mil USDC (USD Coin) e 218.506 trilhões de BabyDoge. Além disso, o grupo é mencionado como um depositante no Tornado Cash, um serviço de privacidade de criptomoedas. O valor total do portfólio é de US$ 1,13 bilhão, com vários outros valores listados para diferentes ativos.
Portfólio cripto do grupo hacker norte-coreano Lazarus. Fonte: Arkham Intel

Atualmente, o Lazarus Group detém 13.518 BTC, equivalentes a aproximadamente US$ 1,13 bilhão. Esse montante coloca a Coreia do Norte à frente do Butão, que possui 10.635 BTC, e de El Salvador, com 6.118 BTC. Enquanto o Butão acumulou seus ativos por meio de uma estratégia doméstica de mineração de Bitcoin, El Salvador adotou a criptomoeda como moeda legal em 2021 e vem realizando compras regulares desde então.

O hack da Bybit, considerado o maior da história contra uma corretora de criptomoedas, ocorreu em 21 de fevereiro. Após o ataque, a Arkham constatou que o volume de criptomoedas do grupo saltou de US$ 84 milhões para US$ 1,4 bilhões.

Criptos financiam regime

O Lazarus Group é conhecido por uma série de ataques cibernéticos contra empresas de criptomoedas em todo o mundo. Em 2024, o grupo foi responsável pelo roubo de US$ 308 milhões da empresa japonesa DMM Bitcoin. Em 2022, atacou a Ronin Network, levando US$ 615 milhões. Os ataques têm como objetivo financiar programas de armas de destruição em massa e mísseis balísticos do regime norte-coreano.

Vale destacar que o acesso da Coreia do Norte a dólares é restrito, devido às diversas sanções econômicas internacionais que são impostas contra o regime. Essas sanções, aplicadas por organizações como a ONU e países como os Estados Unidos, limitam o acesso do regime norte-coreano ao sistema financeiro global.

Desse modo, o país encontra nas criptomoedas uma alternativa para burlar as restrições e ter acesso aos equipamentos necessários para desenvolver seu temido programa armamentista.

Além do Bitcoin, o Lazarus Group detém cerca de US$ 30 milhões em outras criptomoedas, incluindo Ether, BNB, DAI e BUSD, segundo dados da empresa de inteligência blockchain Arkham. Apesar do crescimento das reservas norte-coreanas, os Estados Unidos continuam sendo o maior detentor conhecido de Bitcoin, com 198.109 BTC, seguidos pelo Reino Unido, com 61.245 BTC.

A comunidade internacional tem alertado para o uso de criptomoedas por regimes como o da Coreia do Norte para contornar sanções econômicas e financiar atividades ilícitas. Apesar dos esforços globais para combater o crime cibernético, os ataques patrocinados por estados como a Coreia do Norte continuam a representar uma ameaça significativa ao ecossistema cripto.

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  • 18 de Março, 2025