CPI das Pirâmides Financeiras é prorrogada até 11 de outubro

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A CPI das Pirâmides Financeiras, que investiga esquemas com criptomoedas, ganhou mais alguns dias para realizar seus trabalhos, conforme aprovação do presidente da Câmara dos Deputados, Deputado Federal Arthur Lira (PP-AL). Na última sessão da Câmara, Lira prorrogou o prazo da CPI das Pirâmides Financeiras até o dia 11 de outubro.

A comissão iniciou seus trabalhos em 31 de maio de 2023 e tinha como prazo para as apurações 120 dias. Porém, recentemente o presidente da CPI, Deputado Aureo Ribeiro (SD-RJ) encaminhou um pedido no qual pedia a prorrogação de prazo para os trabalhos da comissão.

De acordo com Ribeiro, desde sua criação, a CPI tem desempenhado um papel fundamental na sociedade brasileira ao investigar operações fraudulentas relacionadas à gestão de várias empresas de serviços financeiros que fazem promessas de investimentos por meio da administração de criptoativos.

Durante seus trabalhos, a CPI já ouviu sócios da empresa MSK Operações e Investimentos, investigada por lesar cerca de 4 mil clientes que investiram em criptomoedas. A empresa disse aos deputados que teria sido surpreendida com um desfalque financeiro executado por um dos funcionários.

CPI das Pirâmides Financeiras

O depoimento mais polêmico até agora foi do ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho. Depois de ser convocado três vezes ele compareceu ao colegiado, não respondeu à maioria das perguntas e negou ser fundador ou sócio da empresa 18K Ronaldinho, que trabalha com trading e arbitragem de criptomoedas.

A empresa é acusada de não passar a custódia das moedas digitais a seus clientes, que recebiam a promessa de rendimentos de até 2% ao dia.

“Eles utilizaram indevidamente meu nome para criar a razão social dessa empresa”, afirmou o atleta. Os deputados, no entanto, estranharam o fato de Ronaldinho não ter processado os donos da empresa.

A audiência mais longa da CPI durou quase 16 horas e ouviu 10 pessoas ligadas à 123milhas. Em agosto passado a empresa anunciou a suspensão da emissão de passagens já compradas pelos consumidores, o que afeta viagens já contratadas com embarques previstos para o período de setembro a dezembro deste ano. Posteriormente, a companhia pediu recuperação judicial.

Um dos donos da 123milhas, Ramiro Madureira, se defendeu e disse que a empresa teve que suspender a emissão de passagens aéreas da linha promocional, iniciada em abril de 2022, porque os preços das passagens não se comportaram conforme o previsto.

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  • 29 de Setembro, 2023