Criptoturismo: modalidade transforma relação dos viajantes com o dinheiro
Já imaginou pagar passagens aéreas, reservar hotéis, fazer compras em supermercados ou até mesmo pagar um jantar em outro país sem depender de casas de câmbio ou cartões internacionais? Essa é a proposta do criptoturismo, tendência que transforma a maneira como viajantes realizam pagamentos ao redor do mundo.
Longe de ser exclusividade de grandes investidores, o uso de criptoativos para pagar serviços durante viagens tem se expandido com a ajuda de soluções tecnológicas que simplificam o processo tanto para viajantes quanto para comerciantes. No Brasil, estabelecimentos como o Zona Sul de Ipanema já aceitam pagamentos em cripto com o auxílio do Transfero Checkout.
Uma nova forma de viajar e pagar
Criptoturismo é o termo usado para descrever a prática de utilizar criptomoedas como meio de pagamento em atividades turísticas. Trata-se de um conceito que integra inovação financeira ao consumo cotidiano de viajantes, permitindo que eles usem ativos como BRZ, bitcoin e ethereum para pagar por produtos e serviços em seus destinos.
A praticidade está no centro dessa nova forma de vivenciar destinos. Por meio dela, busca-se substituir moedas locais por moedas digitais, com o objetivo de facilitar transações, garantir segurança, ganhar agilidade e ter menor dependência de sistemas bancários tradicionais.
Como funciona o pagamento com criptomoedas em viagens
O avanço das tecnologias de pagamento com criptoativos possibilitou que estabelecimentos comerciais passassem a aceitar moedas digitais diretamente em seus caixas, sem necessidade de conversão prévia pelo cliente. Por meio de soluções como o Transfero Checkout, da Transfero Group, lojistas conseguem receber pagamentos de clientes dispostos a efetuar a compra, mas que preferem ou só dispõem de criptoativos.
Do ponto de vista do turista, basta escanear um QR Code com sua carteira digital para realizar o pagamento. A operação é concluída em segundos e não exige cartão ou dinheiro em espécie, o que representa mais praticidade e segurança, principalmente em viagens internacionais.
“Com a conta criada, o lojista realiza as cobranças digitando o valor que deseja cobrar em reais ou dólares. Depois, o cliente escolhe se quer pagar utilizando criptomoedas ou Pix. O app gera um QR Code automaticamente e é só fazer a leitura para concluir a transação”, detalhou a ex-gerente de marketing de produto da Transfero, Isadora Pourchet.
Essa solução tem ganhado espaço em cidades com vocação turística. No Rio de Janeiro, por exemplo, a rede de supermercados Zona Sul já permite o pagamento em criptomoedas na unidade de Ipanema, um dos bairros mais visitados da cidade. De acordo com o Head of Digital do Zona Sul, Vitor Hugo Monteiro, o objetivo é se manter alinhado às tendências digitais e estender esse método para outras unidades.
Quem está usando e por quê
O uso de criptomoedas no turismo não se limita a investidores experientes, como pode parecer em um primeiro momento. Com o aumento da adoção global dos ativos digitais, muitos viajantes, especialmente da geração Z e millennials, passaram a priorizar métodos de pagamento descentralizados, mais alinhados com sua realidade digital.
Dados da Travala.com apontam que, em 2024, dos mais de U$ 100 milhões transacionados no site, 80% foram realizados por meio de criptomoedas. Essa tendência cresce à medida que os viajantes buscam reduzir taxas de câmbio, evitar bloqueios de cartões internacionais e ganhar maior autonomia financeira. Além disso, acompanha o crescimento da taxa anual composta (CAGR) de 99% na propriedade de criptomoedas. Esse valor, extraído de uma pesquisa da Triple A realizada entre 2018 e 2023, excedeu a taxa de crescimento dos métodos de pagamento tradicionais.
Vantagens para viajantes e comerciantes
Ao usar criptomoedas, o turista evita tarifas bancárias e consegue fazer transações diretas, rápidas e globais. Isso reduz custos e amplia o controle sobre o próprio dinheiro, além de evitar surpresas com variações cambiais.
Para comerciantes, aceitar cripto é uma forma de atrair um novo perfil de consumidor, sem riscos operacionais. Esses clientes gastam 2,5 vezes mais por reserva, ficam hospedados 3,5 vezes mais tempo, têm uma probabilidade 57% maior de fazer uma compra repetida de hotel e geram um valor três vezes maior ao longo da vida como consumidores.
Ao incorporar esse meio de pagamento, o estabelecimento também se posiciona como inovador e atento às transformações do mercado financeiro e de consumo.
Experiência imersiva
Outra vertente do criptoturismo oferece experiências imersivas com foco educacional em temas relativos ao universo cripto. Esses pacotes de viagem são voltados a entusiastas e investidores interessados em aprofundar seus conhecimentos em blockchain, criptomoedas e ativos digitais enquanto exploram novos destinos. Esses roteiros incluem palestras, workshops e painéis com especialistas do setor, combinando lazer e aprendizado em uma proposta única. Um dos exemplos mais conhecidos é o Blockchain Cruise, organizado pela CoinsBank.
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