Crise na Coreia do Sul pode impulsionar memecoins
A recente declaração de lei marcial na Coreia do Sul provocou uma onda de volatilidade no mercado de criptomoedas, afetando drasticamente as principais moedas digitais. Enquanto criptomoedas tradicionais como Bitcoin (BTC) e XRP enfrentaram quedas significativas, memecoins como o $SHIB começaram a mostrar um desempenho positivo, indicando que o caráter desregulamentar das memecoins pode ser um recurso interessante para os investidores coreanos.
A situação começou com uma liquidação massiva nas exchanges sul-coreanas, onde Upbit e Bithumb registraram volumes de negociação superiores a US$ 30 bilhões. Ao que parece, a liquidação foi impulsionada pela incerteza política e pela instabilidade econômica, resultando em quedas nos preços de criptomoedas estabelecidas. A Bitcoin, por exemplo, chegou a cair para US$ 63 mil nas bolsas de criptomoedas coreanas.
Outra que apresentou uma queda significativa foi a XRP, criptomoeda adotada por diversos bancos coreanos como meio de pagamento, teve sucessivas quedas de ontem para hoje. Conhecida por ser uma solução de pagamento mais rápida e de baixo custo, a criptomoeda experimentou uma queda de dois dias seguidos.
Na segunda-feira, um dia antes do anúncio da lei marcial, o token da Ripple vinha de ganho sucessivos e sendo cotado a US$ 2,7. No entanto, após o anúncio, a XRP caiu para US$ 2,5 e no dia seguinte para US$ 2,42. Diante das incertezas geradas pelas movimentações políticas, os investidores estão migrando para tokens em que a descentralização está garantida, como as memecoins.
Um exemplo disso pode ser visto na variação de preço das memecoins, como a $SHIB. Com uma comunidade forte na Coreia do Sul, a criptomoedas de 2020 registrou alta na da de hoje. O token recuperou as perdas da data de ontem e voltou para o patamar do dia 1 de dezembro, saindo de ₩ 0,039 (dólares coreanos) no começo do dia e chegando a US$ ₩ 0,0412. Uma alta de 5% nas últimas 24 horas.
Crise política afeta o futuro
A crise política na Coreia também está afetando o desenvolvimento tecnológico do país. Exemplo disso pode ser visto na realocação de startups de blockchain para o exterior, o que pode comprometer a competitividade da indústria de blockchain na Coreia do Sul.
O braço de blockchain da Nexon, a Nexpace, foi transferido para Abu Dhabi. A Klaytn e a Kaia Foundation da LINE Finschia foram realocadas para Cingapura. Já a Wemix, da Wemade, foi deslocada para Dubai. Em um momento em que a tecnologia Web3 e blockchain estão se desenvolvendo rapidamente, a perda de talentos pode ter consequências negativas de longo prazo na Coreia.
No mais, as questões políticas que o país enfrenta também deve atrasar o debate de legislações importantes. Projetos como a Lei de Proteção ao Usuário de Ativos Virtuais, que está atualmente em discussão na Assembleia Nacional, serão deixados de lado. Esses atrasos podem dificultar ainda mais a regulamentação do mercado de criptomoedas na Coreia do Sul.
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