Dash, Zcash, Monero e outras criptomoedas serão banidas em Dubai
Recentemente, a autoridade financeira de Dubai publicou diretrizes para o mercado de criptoativos e proibiu o uso de criptomoedas que oferecem privacidade, como Monero, Zcash e Dash.
De acordo com a regulamentação, as instituições financeiras e as empresas de exchange devem proibir transações com essas criptomoedas, alegando preocupações de lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo.
A proibição vem como parte dos esforços do governo de Dubai para garantir a transparência financeira e combater atividades criminosas. No entanto, a decisão também levantou preocupações quanto à liberdade financeira dos cidadãos e à capacidade de manter a privacidade dos dados financeiros.
Muitos defensores das criptomoedas de privacidade argumentam que a proibição é ruim, uma vez que pode levar a um aumento da demanda por moedas privadas fora da jurisdição de Dubai.
Além disso, acredita-se que a proibição possa impedir a inovação no setor de criptomoedas e limitar a capacidade dos usuários de proteger seus dados financeiros.
- Leia também: LocalBitcoins encerra serviço de P2P
Criptomoedas focadas em privacidade
O Japão também baniu as moedas de privacidade em 2019, enquanto uma série de exchanges retirou algumas ofertas nos últimos anos, incluindo Huobi e BitBay. A Coinbase abandonou o ZEC no Reino Unido em 2019 e até agora evitou listar o XMR completamente.
A Autoridade Reguladora de Ativos Virtuais (VARA) do emirado divulgou as regras na terça-feira, 07. Além da proibição de criptomoedas de privacidade, ela inclui outros 9 princípios e objetivos fundamentais, incluindo requisitos de licenciamento, obrigações contra a lavagem de dinheiro, estipulações sobre marketing e promoção e crimes como abuso de informação privilegiada.
No geral, a proibição de moedas de privacidade em Dubai é um lembrete de que as criptomoedas ainda enfrentam desafios regulatórios em todo o mundo. Enquanto o setor de criptomoedas continua a evoluir, é importante que haja equilíbrio entre a proteção dos consumidores e a liberdade financeira para que esta última não seja controlada pelos governos.