Dificuldade de mineração do Bitcoin atinge novo recorde após ajuste

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A dificuldade de mineração do Bitcoin registrou um aumento de 3,9% na terça-feira, alcançando um novo recorde histórico em meio a níveis recordes da taxa de hash média móvel de sete dias da rede. O ajuste de dificuldade ocorreu no bloco de número 866.880, atingindo a marca de 95,7 trilhões, de acordo com o explorador de blockchain Mempool, superando o pico anterior de 92,7 trilhões registrado no início de setembro.

A dificuldade de mineração do Bitcoin não é expressa em unidades específicas, mas sim como uma medida relativa. Ela expressa o quão difícil é minerar um novo bloco em comparação com o nível mais fácil que poderia ser.

O ajuste de dificuldade acontece automaticamente a cada 2016 blocos. Isso equivale a aproximadamente duas semanas. O objetivo é garantir que, em média, um novo bloco seja descoberto a cada 10 minutos, independentemente do número de mineradores ativos.

Antes do ajuste de terça-feira, os blocos de Bitcoin estavam sendo minerados a uma taxa mais rápida do que a média, com um bloco a cada nove minutos e 37 segundos, conforme dados do painel de controle Clark Moody.

Aumento da dificuldade de mineração de Bitcoin

Com o aumento da dificuldade, os mineradores precisam de mais poder computacional e energia para encontrar o hash correto que permita a criação de novos blocos. Quando o número de mineradores em atividade aumenta, a dificuldade de mineração também se eleva. Da mesma forma, se o número de mineradores em competição diminui, o protocolo reduz a dificuldade. Na prática, isso facilita a descoberta de blocos para os que permanecem na rede.

Na segunda-feira, a taxa de hash do Bitcoin, que mede o poder computacional total dedicado à rede pelos mineradores, atingiu uma nova máxima histórica de média móvel de sete dias, chegando a 723,6 EH/s.

Essa foi a primeira vez que a taxa de hash ultrapassou a marca de 700 EH/s, de acordo com o painel de dados do The Block. Desde o quarto halving do Bitcoin, ocorrido em 20 de abril, que reduziu a recompensa de blocos de 6,25 BTC para 3,125 BTC, houve uma recuperação na taxa de hash, que havia atingido uma baixa de 550,3 EH/s em junho.

Redução de receita dos mineradores após o halving

Após o halving, os mineradores de Bitcoin viram uma queda substancial na receita. A média móvel de sete dias das receitas atingiu um pico de US$ 72,4 milhões no dia do evento. Mas, desde então, se estabilizou entre US$ 25 milhões e US$ 35 milhões. Essa queda nas receitas pressionou os mineradores menos eficientes, forçando alguns a sair do mercado.

Além disso, o preço do hash do Bitcoin caiu para mínimas históricas de US$ 0,04 por terahash por segundo (TH/s) em setembro. O preço do hash, que mede o valor esperado por dia de 1 TH/s de poder de hash, indica o quanto um minerador pode esperar ganhar com uma quantidade específica de taxa de hash. Apesar da queda, o preço do hash se recuperou ligeiramente, chegando a US$ 0,048.

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  • 22 de Outubro, 2024