Do Kwon, de Terra (LUNA), pode pegar 40 anos de prisão se extraditado para Coreia do Sul
Desde que o cofundador do projeto Terra (LUNA), Do Kwon, foi preso em março deste ano em Montenegro, as autoridades dos Estados Unidos e da Coreia do Sul estão envolvidas em uma disputa pela sua extradição. Ambas as nações investigam Kwon pela ruína do projeto. Ele enfrenta acusações de conspiração, fraude, manipulação de mercado e vários outros crimes.
Mas, para o promotor sul-coreano que lidera a investigação, Dan Sung-han, extraditar Kwon para seu país natal, ou seja, a Coreia do Sul, seria a melhor forma de levar justiça às vítimas do colapso do projeto.
O ecossistema Terra ruiu em maio do ano passado e os preços da criptomoeda LUNA e da stablecoin UST foram a praticamente zero. O “crash” deixou um prejuízo estimado em US$ 40 bilhões.
De acordo com uma reportagem do Wall Street Journal (WSJ), publicada nesta sexta-feira (05), caso seja extraditado para seu país natal, Do Kwon pode ser condenado a até 40 anos de prisão. Essa seria a maior pena já aplicada no país por um crime financeiro
Fundador de Terra (LUNA) tem extradição disputada
Ainda segundo a reportagem, Sung-han afirmou que a Coreia do Sul é mais capaz de lidar com o caso de Do Kwon. Isso porque a maioria das evidências e dos cúmplices do fundador do projeto estão naquele país. Isso torna, segundo ele, os promotores locais perfeitamente preparados para lidar com os processos judiciais.
Dessa forma, a reportagem diz que se ele for para a Coreia do Sul e condenado pode enfrentar uma sentença sem precedentes. O WSJ disse que a pena de Do Kwon poderia até mesmo exceder a sentença de 40 anos dada ao gerente de fundos de hedge de Seul, Kim Jae-hyun. Ele foi responsável por um dos maiores esquemas de fraude de fundos do país, que envolveu mais de US$ 1,08 bilhão em investimentos.
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Prisão de Do Kwon
Conforme noticiou o CriptoFácil, autoridades de Montenegro prenderam Do Kwon no aeroporto de Podgorica com documentos falsificados no dia 23 de março. Então, em 29 de março, o ministro da Justiça de Montenegro, Marko Kovac, declarou que a decisão sobre a extradição seria tomada em um processo judicial separado após a resolução do caso de falsificação de passaporte.
Cerca de um mês após a prisão, promotores do país acusaram oficialmente Do Kwon de fazer e usar um passaporte falso em sua tentativa de voar para Dubai.