Do Kwon tem R$ 125 milhões em bens congelados na Suíça
O Ministério Público Federal de Nova York e a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) voltaram a partir para cima de Do Kwon, responsável pelo colapso do ecossistema Terra (LUNA). Só que desta vez as autoridades partiram para cima dos bens do fundador da Terraform Labs (TFL).
De acordo com um processo, os dois órgãos pediram aos promotores da Suíça que congelassem US$ 26 milhões, ou cerca de R$ 125 milhões dele. O valor corresponde a participações de Kwon em criptoativos e moedas fiduciárias relacionados à Terraform Labs guardados no banco Sygnum.
A mudança ocorre depois que o Dentons, um importante escritório de advocacia que representa a Terraform Labs e Kwon, apresentou documentos adicionais em movimento para rejeitar o processo da SEC. O juiz Jed Rakoff tem até 14 de julho para decidir sobre a moção para encerrar o caso.
Os criptoativos e fiduciários no valor de US$ 26 milhões foram congelados pelos promotores suíços. De acordo com relatos, o valor pertence a Terraform Labs, Do Kwon, o ex-CFO da TFL Han Chang-Joon e Nicholas Platias, ex-chefe de pesquisa.
Os promotores dos EUA e da Coreia do Sul disseram anteriormente que Do Kwon enviou 10 mil Bitcoins (BTC) para uma conta suíça. Esta conta pertence ao banco Sygnum, que é especialista em criptomoedas, o que motivou a ação.
Além disso, a SEC dos EUA também afirmou que Do Kwon sacou mais de US$ 100 milhões em BTC após a crise da blockchain Terra em 2022. O colapso do ecossistema causou um prejuízo de US$ 40 bilhões, ou quase R$ 200 bilhões na cotação atual.
Do Kwon: preso e com os bens congelados
Em 19 de junho, um tribunal de Montenegro decidiu que os réus Do Kwon e Han Chang-joon usaram passaportes falsos na tentativa de embarcar em um voo para Dubai em março. As autoridades do país prenderam a dupla, que ficou em prisão preventiva por ordem de um tribunal montenegrino.
Em seguida, Kwon e Han receberam penas de prisão de quatro meses cada um, mas esse tempo já leva em conta a prisão preventiva. Enquanto isso, um tribunal superior de Montenegro procura extraditar os dois cidadãos para seu país de origem, a Coreia do Sul.
Só que a extradição promete ser um mau negócio para Kwon e seu sócio, pois as autoridades sul-coreanas prometem ser mais rigorosas. Nesses sentido, apenas Kwon pode enfrentar uma pena de 40 anos de prisão nos tribunais da Coreia do Sul.
De acordo com uma agência de notícias montenegrina, Do Kwon é mantido isolado de outros prisioneiros na prisão de Spuz. “Agora os guardas abrem sua cela duas vezes por dia para deixá-lo esticar as pernas no pátio da prisão de Spuz, uma instalação superlotada localizada a dez quilômetros de Podgorica”, disse o jornal.