El Salvador é líder em regulação favorável às criptomoedas na América Latina
Nos últimos anos, El Salvador emergiu como uma referência global em regulação favorável às criptomoedas. Um relatório recente da Coincub, empresa de análise focada na economia das criptomoedas, destacou o país como líder na América Latina e o posicionou em segundo lugar no ranking global, logo atrás da Suíça. Esta conquista reflete os esforços contínuos de El Salvador desde 2021, quando adotou o Bitcoin como moeda legal, impulsionando sua trajetória na vanguarda das finanças digitais.
O relatório da Coincub atribuiu a El Salvador uma pontuação de 9,2 em 10, apenas quatro décimos abaixo da Suíça, que lidera o ranking. Este reconhecimento se deve, em grande parte, à liderança visionária do presidente Nayib Bukele e à atuação diligente da Comissão Nacional de Ativos Digitais (CNAD). Juan Carlos Reyes, presidente da CNAD, destacou em suas redes sociais que a fórmula para o sucesso inclui uma liderança inovadora, um órgão regulador independente e a participação de mentes brilhantes para desenvolver mecanismos robustos de regulação, supervisão e conformidade.
El Salvador não apenas se destacou na América Latina, mas também superou potências econômicas globais como Japão, Alemanha e França no quesito regulamentação cripto. Países como Japão (9,1), Alemanha (8,9) e França (8,7) seguem de perto El Salvador no ranking da Coincub, mas o país centro-americano mantém sua posição graças a políticas progressistas e uma estrutura regulatória clara.
E o restante da América Latina?
Enquanto El Salvador avança, outros países da América Latina enfrentam desafios na regulamentação cripto. O Paraguai, por exemplo, está sob pressão devido a possíveis aumentos nas tarifas de energia elétrica, que pode impactar negativamente a mineração de criptomoedas no país. Por outro lado, a Colômbia fez progressos significativos, com a Superintendência Financeira concluindo com sucesso testes com criptomoedas, mas ainda não alcançou a posição de destaque de El Salvador.
Globalmente, a Coincub identificou países como China, Nigéria e Argentina como os menos favoráveis em termos de regulamentação de criptoativos para 2024. De acordo com o relatório, essas nações enfrentam desafios na criação de um ambiente regulatório que promova a inovação ao mesmo tempo que protege os investidores. A abordagem restritiva adotada por esses países contrasta fortemente com a postura progressista de El Salvador.
Regulamentação das criptomoedas no cenário global
O cenário regulatório global para criptomoedas está em rápida evolução, e 2024 tem sido um ano marcante. A Coincub observou um aumento significativo na regulamentação e supervisão de criptoativos em todo o mundo. Esta mudança visa facilitar a adoção institucional em massa, impulsionada por produtos financeiros como ETFs de Bitcoin e Ethereum. Por ser mais seguro que a exposição direta aos ativos, os ETFs estão ganhando tração nos mercados internacionais. Esses desenvolvimentos prometem integrar o Bitcoin ao sistema financeiro global, incluindo a participação de fundos de pensões e tesourarias corporativas.
El Salvador está bem posicionado para aproveitar essas tendências globais, graças à sua infraestrutura regulatória avançada. A CNAD tem desempenhado um papel crucial na adaptação contínua às mudanças no mercado cripto, assegurando que o país permaneça na vanguarda da inovação financeira. O reconhecimento internacional é um testemunho dos esforços incansáveis de El Salvador para promover um ambiente favorável aos criptoativos.