El Salvador planeja criar maior mineração de Bitcoin do mundo
Depois dos “Volcano Bonds”, títulos de dívida lastreados em Bitcoin (BTC), El Salvador anunciou um novo projeto, o “Volcano Energy”. De acordo com informações, o projeto visa criar a maior estrutura para mineração de BTC do mundo.
El Salvador planeja construir um parque de geração que utiliza energia renovável, ou seja, limpa. Além disso, o parque em questão terá 241 megawatts (MW) e ficará na região de Metapán.
O projeto do parque combina produção de energia solar, eólica e provavelmente geotérmica. Dessa forma, a estrutura vai posicionar o país como um importante player global na indústria de mineração de Bitcoin.
- Leia também: Binance e CZ são processados pela SEC por quebra de regras de valores mobiliários dos EUA
Nova abordagem de El Salvador
A ideia do parque de Metapán é promover competitividade energética, diversificação e expansão geográfica para a rede do Bitcoin. Com isso, El Salvador deve contribuir para reduzir a dependência geográfica da mineração e descentralizar a atividade.
“Este projeto é uma jornada transformadora que estabelecerá uma das maiores fazendas de mineração de Bitcoin do mundo”, disse o comunicado. “Localizado na aldeia El Shiste, no município de Metapán, Santa Ana, este local escolhido possui rendimentos solares e eólicos excepcionais no país.”
O parque terá uma capacidade de 169MW de energia solar fotovoltaica e 72MW de energia eólica. Espera-se que o poder computacional inicial ultrapasse 1,3 exahashes por segundo (EH/s), o que o colocaria como um dos maiores do mundo.
Assim como os Volcano Bonds, o investimento total no parque é de US$ 1 bilhão. De acordo com o governo, a meta inicial é captar US$ 250 milhões junto aos principais líderes da indústria Bitcoin. Ao mesmo tempo, El Salvador pretende chamar os principais desenvolvedores e fabricantes de tecnologia de energia renovável para cuidar do projeto
O governo de El Salvador desempenhará um papel fundamental no planejamento e execução da iniciativa. Por conta disso, o país deve garantir uma participação preferencial equivalente a 23% da receita.
Por fim, sobrarão 73% da receita total da atividade, e parte desse percentual irá para os demais investidores do projeto. Cada um deles receberá sua fatia de acordo com o valor aplicado no projeto. E outro percentual deve ir para investimentos na expansão da capacidade de produção de energia e no avanço da mineração de Bitcoin.
Expansão da atividade
Curiosamente, o projeto não cita explicitamente a energia geotérmica proveniente dos vulcões, maior fonte de El Salvador. Mas de acordo com Robert Warren, da empresa Distributed Hash, a produção eólica e solar provavelmente gerará receita mais rapidamente do que construir sobre um conjunto básico de expansão geotérmica.
O executivo afirmou que a capacidade inicial de 241 MW não é das maiores. Mas que se o país conseguir implementar com sucesso, terá condições de construir um dos maiores parques de mineração do mundo.
Ao alavancar a Volcano Energy, El Salvador visa criar um futuro próspero impulsionado pela energia sustentável e Bitcoin. À medida que o investimento do país avança, os vulcões podem servir como a espinha dorsal dessa transformação, promovendo o crescimento econômico e a prosperidade para as gerações futuras.