Ethereum anuncia novidades para próximo hard fork
Em uma reunião realizada nesta semana, os desenvolvedores da Ethereum, uma das principais criptomoedas do mundo e a principal plataforma para contratos inteligentes, chegaram a um consenso sobre o escopo completo da próxima atualização da rede.
A nova atualização foi apelidada de “Dencun” e será um hard fork previsto para ser implementada até o final de 2023.
Segundo o acordo entre os desenvolvedores, “Dencun” incluirá cinco Propostas de Melhoria do Ethereum (EIPs, na sigla em inglês) cujo objetivo é otimizar o armazenamento de dados e reduzir as taxas da rede.
O principal destaque dentre essas propostas é o EIP-4844, mais conhecido como proto-danksharding. Este recurso tem a função de escalar a blockchain, criando mais espaço para “blobs” de dados e, consequentemente, reduzindo as taxas de gas para rollups da layers 2.
Além do EIP-4844, outras propostas de melhoria também foram aprovadas para inclusão no hard fork. O EIP-1153, por exemplo, visa reduzir as taxas de armazenamento de dados na cadeia, otimizando assim o espaço em bloco.
Já o EIP-4788 tem como objetivo aprimorar os projetos de pontes e pools de staking. O EIP-5656 busca implementar pequenas alterações de código relacionadas à Máquina Virtual Ethereum. E, por fim, o EIP-6780 propõe eliminar códigos que podem rescindir contratos inteligentes.
Atualização no Ethereum
“Não adicionaremos mais nada ao fork”, declarou Tim Beiko, líder de suporte de protocolo da Ethereum Foundation, durante a chamada All Core Developers Execution Layer 163.
A atualização “Dencun” não se resume apenas à camada de execução, onde residem todas as regras de protocolo. Na verdade, também haverá alterações na camada de consenso, que garante que os blocos sejam validados.
Essa camada passará por sua própria bifurcação, conhecida como “Deneb”. Portanto, o nome “Dencun” é uma combinação dos nomes dessas duas atualizações simultâneas.
Agora que os desenvolvedores têm um entendimento claro do escopo completo da atualização “Dencun”, eles poderão iniciar testes mais rigorosos, garantindo assim uma transição suave para o novo protocolo quando este for implementado.
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