Finanças descentralizadas vão mudar a internet, diz fundador da 1inch
Sergej Kunz, cofundador da 1inch, acredita que as finanças descentralizadas (DeFi) ajudarão a mudar a internet, especialmente a forma como as pessoas se comportam dentro de lojas online, serviços bancários, metaversos e assim por diante. Ele também acha que a Web3 desempenhará um papel crucial na construção de um ambiente totalmente funcional.
A 1inch é um projeto agregador de exchanges descentralizadas (DEX) que ajuda os usuários a encontrar os melhores preços para suas negociações. Alguns protocolos DeFi estão diretamente ligados a serviços como este, precisamente para garantir que os melhores interesses dos investidores sejam respeitados.
“A maior parte da Web3 está definida, são finanças descentralizadas”, disse Kunz em entrevista à Benzinga. Lojas online e até mesmo alguns videogames têm lojas dentro deles para microtransações, especialmente os jogos de tiro em primeira pessoa (FPS) e jogos de role-playing massivos online (MMORPGs). De certa forma, tudo se resume a micropagamentos, segundo o especialista.
Pagamentos mais justos pelo trabalho
Kunz tomou como exemplo os streamers (pessoas que fazem transmissões online em plataformas de vídeos), que precisam trabalhar por muitas horas diárias para tentar reter as suas respectivas audiências, por vezes sem sucesso ou sem retorno financeiro por um longo tempo. Por outro lado, as finanças descentralizadas podem trazer mecanismos que permitam a remuneração justa de acordo com o trabalho executado por cada profissional.
Não se trata somente de um sistema mais adequado de monetização de conteúdo, e sim da construção de soluções sem-custódia para expandir a acessibilidade financeira dos que vivem da internet. Por exemplo, alguns influenciadores digitais desenvolvem tokens não-fungíveis (NFTs) para criar programas de fidelidade e oferecer descontos e serviços exclusivos aos seus inscritos.
Outros podem aceitar criptomoedas como meio de pagamento por serviços personalizados ou como doações para manter seus projetos. Dessa forma, não é mais necessário ter de fazer conversões monetárias complexas e caras em plataformas convencionais.
O futuro das finanças descentralizadas
Plataformas digitais deverão sofrer mudanças profundas em sua infraestrutura, fazendo com que os usuários tenham mais liberdade financeira para investir no que realmente importa. Audius, Livepeer, DLive e LBRY são alguns serviços de streaming baseados em tecnologia blockchain, os quais permitem a personalização de iniciativas publicitárias relevantes e modalidades integradas de monetização envolvendo criptoativos e stablecoins.
As taxas relacionadas aos ganhos vindos dos conteúdos são bem menores que as cobradas pelas plataformas mais conhecidas. Além do mais, os pagamentos podem ser feitos diretamente nas carteiras de criptomoedas dos produtores de conteúdo, reduzindo a necessidade de intermediários.
“Estou certo de que, nos próximos cinco anos, as pessoas entenderão que as suas carteiras cripto são como suas contas bancárias em seus bolsos e são fáceis de usar”, afirmou Kunz.
Isto não significa que soluções regulamentadas e atreladas ao mercado tradicional ficarão de fora. Exchanges como Binance, Coinbase e Crypto.com, assim como soluções de pagamento para empresas, como o Transfero Checkout, também permitem a inserção no mercado descentralizado de maneira rápida e simplificada.
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