Geração Z e Alpha investem nas criptomoedas para a aposentadoria
A Bitget Research lançou um relatório contendo um dado interessante: 20% dos entrevistados (Geração Z e Alpha) acreditam que as criptomoedas são uma opção para a aposentadoria. Isso mostra uma mudança de paradigma considerável não só nos negócios, como também nas projeções de longo prazo das próximas gerações.
A Geração Z é composta por indivíduos nascidos entre 1997 e 2012, enquanto a Geração Alpha engloba os que nasceram entre 2013 e 2025. Sendo assim, trata-se de um público-alvo jovem, intimamente ligado às tecnologias mais populares.
Observar esta tendência com atenção pode resultar em uma visão mais crítica e abrangente sobre os modelos de negócios atuais e quais caminhos deverão ser trilhados nos próximos anos.
Jovens desconfiam das finanças tradicionais
Em vez da popular previdência social, adolescentes e jovens adultos preferem métodos alternativos de investimentos, como imóveis, previdência privada e criptomoedas para compor seus portfólios.
A razão por trás desta desconfiança é clara: 73% dos 17 mil entrevistados não fazem ideia sobre o que está sendo feito com seus fundos. A falta de transparência na manipulação de ativos financeiros faz com que os usuários prefiram opções mais auditáveis.
A CEO da Bitget, Gracy Chen, acrescentou que as “gerações mais jovens não estão mais contentes com sistemas rígidos e tradicionais de aposentadoria. Elas buscam opções inovadoras que as ofereçam um maior controle, flexibilidade e transparência”.
Geração Z e Alpha buscam soluções híbridas
Embora as criptomoedas façam parte dos planos das novas gerações, isso não significa que elas estejam unicamente focadas nos ativos digitais. Flutuações nos preços ainda são uma realidade, especialmente em criptoativos com menor liquidez; por conta disso, o desenvolvimento de novas modalidades de investimentos se faz necessário para preservar a saúde financeira.
A combinação entre elementos tradicionais, como mecanismos de KYC e KYP e a tecnologia blockchain podem combinar a segurança e a inovação em um único lugar, permitindo que as gerações futuras planejem seu descanso de maneira mais personalizada.
Governo e iniciativa privada abraçam a nova realidade
No Reino Unido, existem fundos de aposentadoria que permitem utilizar criptomoedas consagradas, como bitcoin (BTC) e ether (ETH), para compor a carteira dos investidores. A Legal & General possui cerca de US$ 1,5 trilhão em ativos sob gestão, incluindo ativos digitais.
Da mesma forma, o serviço nacional de aposentadoria sul-coreano (NPS) tem uma exposição de cerca de US$ 34 milhões na MicroStrategy, empresa de Michael Saylor, um dos magnatas pró-cripto mais conhecidos da atualidade.
No Brasil, criptomoedas ainda não podem fazer parte do portfólio de fundos de pensão, conforme normativa da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC). No entanto, enquanto a legislação ainda não avança nesse sentido, é possível acumular ativos digitais em carteiras próprias como se fosse uma poupança.
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