Gestora pretende criar ETF de títulos conversíveis de Bitcoin
A Strive Asset Management formalizou na última quinta-feira (26) um pedido de registro para o primeiro Fundo Negociado em Bolsa (ETF) de títulos conversíveis em Bitcoin junto à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).
O ETF investirá em títulos conversíveis emitidos por empresas que adotam o Bitcoin como ativo estratégico, como a MicroStrategy. O pedido foi feito sob o Formulário N-1A junto à SEC, que regulamenta a criação de fundos de investimento.
Em 2024, os ETFs de Bitcoin e Ethereum se tornaram uma ferramenta popular entre os investidores. A partir dos ETFs, os investidores tradicionais acostumados a investir em ações e mercado de títulos tradicionais, puderam experimentar a volatilidade dos ativos digitais, sem a necessidade de comprá-los diretamente.
A receita, iniciada em janeiro com os ETFs de Bitcoin e reforçada em junho com o lançamento dos ETF de Ethereum, parece ter dado certo.
ETF de Bitcoin
No primeiro ano dos ETFs de criptomoedas nos Estados Unidos, o número de ativos líquidos totais acumulados superou a marca dos US$ 120 bilhões, juntando os ETFs de Bitcoin e Ethereum. O valor é três vezes maior do que os US$ 31 bilhões registrados no início do ano, quando os ETFs começaram a ser negociados. Isso demonstra, portanto, que esse é um mercado em franca ascensão.
Com isso, outros players começaram a olhar para o mercado de ETFs de ativos digitais. Entre eles está a Strive Asset Management. A gestora de ativos pertence ao empresário e político americano Vivek Ramaswamy, que ficou conhecido após ser pré-candidato à Presidência dos Estados Unidos pelo partido democrata. Ele foi nomeado por Trump para controlar o novo DOGE, espécie de Gabinete da Desburocratização.
No entanto, o produto proposto pela Strive se distingue dos ETFs lançados neste ano. Isso porque foca em títulos conversíveis de Bitcoin.
Ao longo do ano, diversas empresas emitiram títulos conversíveis com o intuito de investir em Bitcoin. Entre elas a MicroStrategy, pioneira nesse tipo de investimento. Em fevereiro de 2021, a empresa comandada por Michael Saylor emitiu uma rodada de títulos conversíveis em ações, a primeira da história, levantando US$ 1,05 bilhão com a venda dos títulos. Na ocasião, a empresa emitiu 733 mil títulos com custo médio de aquisição de US$ 1,432.46 por ação.
Liquidação dos títulos
Os títulos só serão liquidados em fevereiro de 2027, mas dá para ter uma ideia de quanto os compradores dos títulos já ganharam. À época da emissão dos títulos, o valor de mercado da empresa estava avaliado em US$ 9,24 bilhões.
Cerca de quatro anos depois, a MicroStrategy atingiu o valor de mercado de US$ 83,50 bilhões. Portanto, o investidor inicial que aportou US$ 10.000 hoje teria aproximadamente US$ 60.164,24. Ou seja, um retorno de 501,64%.
A empresa de Virginia é apenas uma das empresas que emitiram títulos conversíveis nos últimos anos. Além dela, as mineradoras MARA Holdings, Core Scientific, Terawulf e Bitdeer Technologies, além da empresa de serviços financeiros Galaxy Digital Holdings, lançaram títulos conversíveis para aquisição de Bitcoin.
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