Grandes empresas na Argentina têm 1.300 bitcoins em seus portfólios
De acordo com o Cryptopolitan, algumas empresas de grande porte da Argentina possuem cerca de 1.300 bitcoins em sua posse. Ben Gagnon, CEO da Bitfarms, é o maior detentor individual do ativo, com aproximadamente 870 BTC até o momento.
A Bitfarms é uma empresa de mineração de criptomoedas que possui 12 unidades em vários países, entre eles a Argentina. Nos Estados Unidos, seu foco tem sido o mercado de energia elétrica e serviços computacionais.
Em segundo lugar, encontra-se a Mercado Libre, maior empresa de e-commerce da América Latina, com 412 BTC sob sua custódia. No entanto, Richard Cathcart, CIO da companhia, deixou claro que o saldo informado se refere às aplicações feitas pelos seus usuários. A companhia não possui nenhum satoshi, de acordo com o executivo.
No terceiro trimestre de 2024, a empresa lançou sua stablecoin, o Meli Dollar (MUSD). O ativo é utilizado para realizar investimentos através do aplicativo oficial do Mercado Pago, além de ser distribuído por meio de seus mecanismos de cashback.
Argentina seguindo o exemplo de El Salvador?
Devido à crise econômica que assola a Argentina há várias décadas, muitos usuários passaram a utilizar as criptomoedas como meio de pagamento. Devido a esse fenômeno, a adoção de ativos digitais no país em questão é a maior da América Latina.
Até o dia 28 de janeiro de 2025, o bitcoin deveria ser obrigatoriamente aceito por estabelecimentos comerciais em El Salvador. Entretanto, devido à impopularidade da medida, uma reforma da Lei Bitcoin foi sancionada pelo presidente Nayib Bukele, tornando-o um meio de pagamento opcional. Entretanto, as políticas de isenção fiscal e de regulação pró-mercado fazem do país um destino favorável à inovação.
Tanto o presidente da Argentina, Javier Milei, quanto Bukele compartilham do mesmo entusiasmo em relação às criptomoedas. Uma das suas promessas de campanha é dissolver o Banco Central da Argentina e promover o uso dos ativos digitais no cotidiano da população.
Agora, contratos de aluguel poderão ser pagos com criptomoedas, não apenas pesos argentinos. Transações comerciais também podem ser realizadas com tais ativos, ampliando as opções dos cidadãos para que possam escapar da inflação e fazer negócios internacionalmente, assim como está sendo feito há mais de quatro anos no governo de Bukele.
Membros de alto escalão da Comissão Nacional de Valores Mobiliários (CNV) da Argentina se reuniram com membros da Comissão Nacional de Ativos Digitais (CNAD) de El Salvador em 2024. O objetivo foi compartilhar informações e experiências a respeito da regulamentação do mercado.
Principais diferenças
El Salvador buscou uma aproximação mais incisiva em relação às criptomoedas, especialmente em relação à obrigatoriedade de uso. Por outro lado, o governo argentino busca uma postura mais aberta, permitindo aos seus cidadãos o direito de escolha sobre qual ativo desejam negociar.
Segundo reportagem da Exame, Milei pretende adotar o bitcoin como uma das moedas oficiais do país, bem como a livre circulação de demais ativos digitais em todo o território nacional. O executivo acredita que os criptoativos serão decisivos para a transformação econômica.
Em El Salvador, apenas o bitcoin é o único ativo digital legalmente reconhecido como meio de pagamento. Não existe nenhum tipo de proibição expressa sobre a utilização de outras criptomoedas em transações comerciais; contudo, não há nenhuma legislação específica a respeito das altcoins.
O post Grandes empresas na Argentina têm 1.300 bitcoins em seus portfólios apareceu primeiro em PanoramaCrypto.