Hackers invadem sistema da Anvisa para minerar criptomoedas; PF investiga
A Polícia Federal realizou, na última quarta-feira (23), um mandado de busca e apreensão em Porto Velho (RO). A ação fez parte de uma investigação sobre uma invasão ao sistema informatizado da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). De acordo com a PF, o grupo suspeito é acusado de utilizar o sistema da agência para realizar mineração ilegal de criptomoedas. A atividade em questão envolve o uso não autorizado de computadores para a criação e negociação dessas moedas digitais.
A operação, batizada de Criptojacking, investiga esse tipo de crime, no qual hackers se aproveitam de dispositivos de terceiros para minerar criptomoedas sem consentimento. A mineração, normalmente realizada em larga escala com equipamentos especializados, pode gerar grandes lucros. Contudo, também sobrecarrega os sistemas invadidos e aumenta o consumo de energia.
Tentativa de extração de dados e mineração de criptomoedas
Conforme as informações divulgadas, os invasores tentaram extrair arquivos dos sistemas da Anvisa. No entanto, a agência conseguiu restaurar a integridade da plataforma, não registrando a perda de dados. A resposta rápida da Anvisa foi essencial para evitar maiores danos, assegurando a continuidade dos serviços prestados pela agência.
Os envolvidos podem ser responsabilizados por crimes de invasão de dispositivo eletrônico e interrupção de serviço telemático, ambos considerados graves por afetarem sistemas de interesse público. Esses delitos estão previstos no Código Penal Brasileiro, e as penas podem variar de acordo com o grau de envolvimento dos suspeitos.
A Operação Criptojacking faz parte de uma série de operações recentes da Polícia Federal para combater ataques cibernéticos a órgãos federais. Um dos exemplos mais recentes é a operação Data Breach, deflagrada no dia 16 de outubro, que investiga a invasão ao sistema da própria PF.
Além disso, em outra operação de destaque, denominada Gold Digger, a PF apurou um desvio de R$ 15 milhões em recursos públicos após hackers invadirem o Siafi, sistema de pagamentos da administração federal. Essas investigações têm mostrado que a ameaça de crimes cibernéticos contra instituições públicas é crescente.
O que é criptojacking?
O termo criptojacking se refere ao uso não autorizado de dispositivos eletrônicos, como computadores e smartphones, para minerar criptomoedas. Hackers normalmente utilizam malwares ou invadem redes para instalar software de mineração, aproveitando-se da capacidade computacional de terceiros. Esse tipo de crime tem crescido nos últimos anos, à medida que o interesse por criptomoedas aumenta.
A atividade de mineração, além de ocorrer sem o consentimento dos donos dos dispositivos, pode causar sérios prejuízos, como o desgaste acelerado dos equipamentos e o aumento significativo no consumo de energia. Muitas vezes, as vítimas não percebem que seus dispositivos estão sendo usados para esse fim. Isso porque o malware atua de forma discreta.
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