Hong Kong pode se unir com a China para criar reserva de Bitcoin

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Hong Kong entrou em destaque no cenário financeiro global com a proposta de incorporar o Bitcoin (BTC) em suas reservas fiscais. A ideia é defendida por Wu Jiexhuang, membro do Legislativo local e presidente do comitê de desenvolvimento de ativos virtuais Web3.

Wu Jiexhuang, em entrevista ao jornal de Hong Kong, Wen Wei Po, enfatizou a necessidade de a Região Administrativa Especial (RAE), em conjunto com a China, estudar como garantir a segurança financeira nacional diante das influências externas, sobretudo as interferências dos EUA no mercado de Bitcoin.

Para ele, dada a posição dos EUA como a maior economia do mundo, a inclusão do Bitcoin como ativo estratégico de reserva pode ter um impacto significativo no mercado global. E os governos não podem ignorar isso.

Diante disso, Wen Wei Po propôs que a região utilize seu modelo de “um país, dois sistemas” para implementar um projeto piloto que permita a inclusão do Bitcoin nas reservas do fundo de câmbio. Isso porque, confirmado os rumores de que a China possui cerca de 190.000 Bitcoins, Wu diz que seria interessante discutir como o país a liberação desses Bitcoins. A ideia seria, então, transformar esses BTC em fundos negociados em bolsa (ETFs) em Hong Kong.

Riscos estão na conta

Apesar dos benefícios, Wu também apontou os riscos envolvidos em incluir criptomoedas nas reservas fiscais. Para solucionar isso, Wu sugeriu que o fundo de câmbio poderia servir para comprar e manter Bitcoin a longo prazo. Além disso, seria preciso avaliar o impacto dessa decisão na segurança financeira de Hong Kong e da China continental.

A crescente aceitação do Bitcoin é evidente. A Bolsa de Valores de Hong Kong já oferecem 12 ETFs atrelados ao Bitcoin e ao Ethereum, com movimentações na casa dos milhões de dólares. No entanto, seus fluxos são insignificantes em comparação com os ETFs de Bitcoin dos Estados Unidos. Além disso, a Comissão de Valores Mobiliários de Hong Kong também emitiu várias licenças para plataformas de negociação, como resultado da crescente demanda por ativos na região.

A proposta de Jiexhuang não é isolada. Afinal, outro legislador, Johnny Ng, já havia sugerido a inclusão do Bitcoin nas reservas de Hong Kong em julho de 2024, seguindo a promessa do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, de criar uma reserva nacional de Bitcoin.

A proposta de incluir o Bitcoin nas reservas fiscais não é uma ideia nova. Pequenos países já adotaram essa prática, com alguns até mesmo utilizando a criptomoeda como moeda oficial, como é o caso de El Salvador. Wu destacou que alguns estados dos EUA já legislaram para que 10% de suas reservas sejam compostas por Bitcoin, diversificando assim a alocação de ativos.

O que diz o governo de Hong Kong

Questionado se investe em criptomoedas, o Escritório de Finanças de Hong Kong respondeu que o fundo de câmbio investe em uma variedade de ativos globais para diversificar riscos e aumentar retornos.

Embora criptoativos não sejam o foco principal, há a possibilidade de que algumas operações de investimento incluam criptomoedas, embora em uma proporção pequena.

O post Hong Kong pode se unir com a China para criar reserva de Bitcoin apareceu primeiro em CriptoFacil.

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  • 2 de Janeiro, 2025