Lançamento do iPhone 16: Golpistas usam deepfake para aplicar golpe com criptomoedas
Golpistas utilizaram tecnologia de deepfake para imitar o CEO da Apple, Tim Cook, durante uma transmissão falsa do lançamento do iPhone 16, realizada no dia 9 de setembro. Os golpistas divulgaram a fraude em transmissões ao vivo no YouTube, onde uma versão gerada por inteligência artificial de Cook aparecia solicitando Bitcoin dos espectadores.
A transmissão enganosa durou vários dias e coincidiu com o lançamento da SpaceX, que também foi alvo de um golpe semelhante, envolvendo um deepfake do CEO da empresa, Elon Musk.
A transmissão falsa relacionada à SpaceX chegou a ser a terceira maior live stream no YouTube. Contudo, a maioria dos “espectadores ao vivo” eram bots, criados para dar uma falsa impressão de autenticidade ao evento. Da mesma forma, o falso evento da Apple enganou muitos usuários da plataforma, que foram atraídos por promessas de uma suposta distribuição de criptomoedas.
Golpistas tentam roubar criptomoedas em falso lançamento do iPhone 16
O uso de deepfakes nesse tipo de golpe tem se tornado cada vez mais sofisticado. A técnica permite que golpistas criem transmissões aparentemente legítimas de figuras públicas. No caso da transmissão falsa envolvendo Cook e o iPhone 16, a qualidade da manipulação gerada por IA foi suficientemente convincente para enganar diversos espectadores.
No X (antigo Twitter), um deepfake de Tim Cook também pediu aos espectadores que enviassem Bitcoin (BTC), Ether (ETH), Tether (USDT) ou Dogecoin (DOGE) para um endereço de contribuição. A conta alegou falsamente que a Apple dobraria suas contribuições em troca.
“Depois de concluir o seu depósito, o sistema irá processá-lo automaticamente e enviar de volta o dobro do valor da criptomoeda que depositou.”
Além de Tim Cook, no caso do lançamento do iPhone, Elon Musk também foi vítima de uma fraude similar durante o lançamento da SpaceX. Nessa ocasião, os criminosos utilizaram uma versão dublada do empresário para pedir criptomoedas dos espectadores, prometendo retornos em dobro. A combinação de deepfakes e bots, junto à popularidade de eventos ao vivo, tem se mostrado uma ferramenta poderosa para enganar usuários e obter lucros ilegítimos.
A fraude chamou a atenção da comunidade de criptomoedas. Além disso, destaca o aumento do uso de tecnologias avançadas como deepfake para aplicar golpes na internet com criptomoedas. Plataformas como o YouTube vêm sendo criticadas pela falta de fiscalização e controle sobre transmissões ao vivo fraudulentas, que podem enganar milhões de usuários ao redor do mundo.
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