Maior mineradora de Bitcoin do mundo vende 63% dos BTC minerados
A Marathon Digital, maior mineradora de Bitcoin do mundo, anunciou a venda de mais de 60% de todos os Bitcoins (BTC) que minerou desde o último halving, ocorrido no final de abril.
Essa movimentação significativa destaca a estratégia da empresa em um cenário de ajuste pós-halving, um evento crucial que reduz pela metade as recompensas para a mineração de BTC.
De acordo com o relatório mensal da Marathon, a empresa vendeu 390 BTC em maio, representando mais de 63% da sua produção total de 616 BTC no mesmo período. Ao final de maio, a Marathon contava com US$ 290,4 milhões em caixa e equivalentes de caixa em seu balanço.
A venda em grande volume de BTC pela Marathon se destacou em comparação com outras mineradoras. A Riot Platforms, por exemplo, não divulgou vendas de BTC em maio, apesar de ter produzido 215 BTC. Já a CleanSpark produziu 417 BTC no mês passado, mas vendeu apenas uma pequena fração de 2,43 BTC.
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Mineradores de Bitcoin
Os mineradores de Bitcoin estão ajustando suas operações após o último halving, que reduz as recompensas pela mineração de BTC pela metade a cada 210.000 blocos, ou aproximadamente a cada quatro anos. O último halving ocorreu em 20 de abril, reduzindo as recompensas dos mineradores de 6,25 BTC para 3,125 BTC por bloco minerado.
Fred Thiel, presidente e CEO da Marathon Digital, explicou que a empresa mitigou o impacto do halving de abril ao aumentar o número de blocos minerados, resultando na produção de 616 BTC em maio, uma queda de apenas 27%. Em maio de 2024, a Marathon minerou 170 blocos, um aumento de 32% em comparação com abril.
As mineradoras de Bitcoin estão buscando expandir suas frotas e melhorar a eficiência para permanecerem competitivas à medida que as recompensas diminuem. A CleanSpark, por exemplo, está “altamente ativa no espaço de fusões e aquisições”. A empresa espera concluir a aquisição de locais recentemente comprados em Wyoming nas próximas semanas, enquanto busca “oportunidades adicionais”.
A Marathon, por sua vez, está explorando a expansão internacional. A empresa anunciou recentemente uma parceria com o Ministério de Energia e Petróleo da República do Quênia para otimizar projetos de energia renovável no país.
Outro movimento inclui um projeto piloto no Paraguai, visando otimizar sua estrutura energética. “Nosso objetivo é ter 50% das receitas provenientes do exterior até 2028”, destacou Thiel.