Méliuz anuncia oferta de ações para adquirir R$ 150 milhões em Bitcoin
A fintech brasileira Méliuz (B3: CASH3) anunciou nesta sexta-feira (30) seu plano para adquirir R$ 150 milhões em Bitcoin. De acordo com o comunicado, a empresa vai levantar os recursos por meio de uma nova oferta pública de ações, mirando investidores profissionais no Brasil e no exterior.
A companhia protocolou na quinta-feira (30) o pedido de registro da operação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), com registro automático. O plano inclui a emissão de 17 milhões de ações ordinárias, sem valor nominal, podendo chegar até 51 milhões se houver alta demanda.
A Méliuz estimou a oferta em R$ 150 milhões, com base na cotação de R$ 8,82 por ação, mas poderá arrecadar até R$ 450 milhões se investidores subscreverem todas as ações adicionais. A operação terá bônus de subscrição gratuitos, entregues aos investidores como incentivo.
De acordo com o comunicado, para cada ação adquirida, os participantes receberão bônus distribuídos em 10 séries diferentes, com preços de exercício progressivos e datas já estabelecidas até 2026. Dessa forma, isso significa que o investidor poderá adquirir mais ações da empresa futuramente por um preço pré-determinado.
A estratégia foi aprovada pelo Conselho de Administração e está alinhada ao objetivo do Méliuz de consolidar o Bitcoin como o principal ativo de sua tesouraria. A empresa acredita no potencial de longo prazo do criptoativo, considerado por ela como reserva de valor e instrumento estratégico.

Méliuz e Bitcoin
De acordo com a empresa, os recursos levantados serão integralmente utilizados para compra de Bitcoin, marcando uma forte aposta na valorização do ativo digital. O anúncio reforça o posicionamento do Méliuz no mercado financeiro digital e mostra sua disposição de inovar com agressividade.
O BTG Pactual coordenará a oferta, atuando como líder no Brasil, nos Estados Unidos e em outros países. No exterior, ofertará os papéis exclusivamente a investidores qualificados, conforme as regras da SEC e as leis locais.
Além disso, os acionistas atuais terão direito de prioridade para participar da oferta, desde que respeitem os prazos estipulados entre 4 e 10 de junho. Essa fase permite que acionistas mantenham sua participação sem sofrer diluição. De acordo com a empresa, o investimento está sujeito a riscos de mercado, incluindo a volatilidade do Bitcoin e possíveis flutuações nas ações da própria companhia após a oferta.
O preço por ação será definido após o procedimento de bookbuilding, que ocorre entre investidores interessados. Se aprovada em assembleia, a operação poderá tornar o Méliuz uma das maiores empresas da América Latina a usar Bitcoin como ativo estratégico corporativo. A expectativa é que a compra ocorra logo após a liquidação da oferta, prevista para 17 de junho.
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