Memecoin vira febre entre brasileiros, mas pode ser cilada
O nicho das memecoins é um dos mais férteis do setor de criptomoedas. Isso porque, qualquer coisa pode se transformar em inspiração para um projeto de token, inclusive, pessoas comuns. Esse parece ser o caso da Mandy Coin, uma criptomoeda que se tornou a mais buscada por brasileiros na plataforma CoinGecko.
De acordo com a plataforma CoinGecko, o Mandy Coin superou até mesmo interesse dos brasileiros em Bitcoin, a criptomoeda mais valiosa do mercado. Isso dentro de um contexto de queda, já que a criptomoeda está em baixa após atingir sua máxima de US$ 0,016 na segunda-feira (16).
Entretanto, do que realmente se trata esse projeto? O CriptoFácil foi atrás para tentar entender por que os brasileiros estão interessados nessa criptomoeda. E os motivos não são menos curiosos do que a inspiração para a Mandy Coin.
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Memecoin da enfermeira
O site oficial da Mandy Coin afirma que a memecoin é inspirada em uma pessoa real. Seu nome é Mandy Beth, descrita pelo site como uma “médica veterana” com mais de 15 anos de experiência. O site ainda informa que Mandy decidiu criar o projeto cripto para unir suas atividades de cuidados com o setor emergente das criptomoedas.
O perfil de Mandy Beth no Instagram diz que ela é, na verdade, uma enfermeira que compartilha dicas de cuidados com a saúde. A primeira publicação é de maio de 2023. No vídeo, Mandy explica os benefícios da vitamina B12 para o organismo.
Todas as publicações de Mandy são sobre dicas de cuidados com a saúde e divulgações do seu trabalho como enfermeira. A única publicação que menciona o projeto de memecoin é do dia 8 de fevereiro, em que Mandy aparece usando um boné com a frase “Make Cripto Great Again” em alusão ao célebre slogan presidencial de Donald Trump. No vídeo ela comemora o lançamento da Mandy Coin.
Acesso a conteúdo “premium”
Perfis no X.com bastante populares também divulgaram a criptomoeda e uma informação chama a atenção.
De acordo com um dos perfis, o projeto da Mandy Coin é na verdade, encabeçado pelo marido de Mandy, um influenciador de criptomoedas com um canal no YouTube, chamado de ProjectMoonGold.
Apesar de se referirem a ele como um influenciador “bem-estabelecido”, tem apenas 43 seguidores no Instagram, 3 mil do X.com e pouco mais de 35 mil na plataforma de streaming do Google.
Mas o o que chama atenção é que, de acordo com os mesmos perfis, os compradores que adquirirem 200.000 tokens de Mindy Coin – algo em torno de US$ 500 na cotação atual do token – teriam acesso exclusivo a um Snapchat da enfermeira.
De acordo com os divulgadores, no Snapchat, Mandy vai compartilhar sua vida como enfermeira praticante, trader de criptomoedas e empreendedora.
Ao que parece, esse pode ser o real motivo por trás do interesse dos brasileiros na Mandy Coin, dado que o projeto não é muito popular nas redes e as promessas feitas no site oficial não parecem alcançáveis.
Esse não é a primeira vez que pessoas comuns criam e promovem projetos de criptomoedas usando sua influência nas redes sociais. No começo de dezembro, uma influenciadora americana foi acusada de dar golpe nos seus seguidores após o token inspirado nela despencar de preço.
Além disso, também em dezembro, a influenciadora brasileira de conteúdo adulto, Martina Oliveira, também lançou uma criptomoeda para seus fãs com promessas ousadas. No entanto, após um hype inicial, o token despencou nos dias seguintes.
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