Mercuryo: CEO prevê aumento no uso prático das criptomoedas

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Os ativos digitais coexistirão com o dinheiro nacional e serão utilizados em situações mais cômodas para os usuários: essa é a opinião de Petr Kozyakov, CEO da Mercuryo. Por exemplo, turistas poderão pagar suas contas em restaurantes, hotéis e demais estabelecimentos comerciais por meio de suas wallets – uma solução mais simples que buscar casas de câmbio confiáveis.

Em entrevista ao Cointelegraph, Kozyarov comentou que as criptomoedas serão complementares ao dinheiro nacional, sendo utilizadas de acordo com as necessidades locais. “Eles (os criptoativos) vão coexistir, e as pessoas recorrerão a cripto quando for a opção mais fácil e prática, seja para pagamento de salários, rendimentos ou transferências de dinheiro”, disse Kozyakov ao portal.

Opinião não é só do CEO da Mercuryo

O Fórum Econômico Mundial tem uma visão parecida com a do executivo. O órgão fez um post reforçando a importância das stablecoins, cujo valor é mantido estável mediante reservas fiduciárias, de commodities específicas ou por meios algorítmicos, dependendo do modelo de cada projeto.

Dados da Visa apontam que, entre 2019 e 2025, o suprimento médio de stablecoins disparou de 2 bilhões para 208 bilhões. Em 2024, essa classe de ativos digitais movimentou algo em torno de US$ 27,6 trilhões, superando tanto a Visa quanto a Mastercard juntas em volume de transações.

Atualmente, o USDT (Tether) é a maior stablecoin registrada, com uma capitalização de mercado de cerca de US$ 143 bilhões. Entretanto, algumas investigações relacionadas à composição da cesta de ativos por trás da moeda colocam em xeque a sua credibilidade.

Startups querem mudar o mercado

A Nonco, empresa fundada por Fernando Martinez, movimenta bilhões de dólares anualmente em ativos digitais. Alguns deles foram emitidos por grandes players, como CoinFund e Pantera Capital. Uma das suas principais ambições é fazer uso extensivo das stablecoins para alavancar os negócios.

Em entrevista à Forbes, Martinez comentou que, durante muito tempo, stablecoins estavam sendo emitidas para buscar rendimentos; mas o cenário de uso ideal para elas é como infraestrutura. É o caso do BRZ, stablecoin regulamentada no Brasil e cujo valor é diretamente pareado com o do real. 

Protocolos que permitem a conversão de criptomoedas, inclusive entre ecossistemas blockchain diferentes, fazem uso extensivo desta tecnologia. A Sushi é uma exchange descentralizada (DEX) que frequentemente utiliza stablecoins em suas pools de liquidez para facilitar as negociações. Empresas centralizadas perceberam o potencial por trás dessa tendência e, por conta disso, querem incorporar parcialmente tais modelos em suas respectivas aplicações.

PayPal, MakerDAO, Stripe e Parfin.io são alguns exemplos de projetos que estão incorporando esses ativos virtuais no cotidiano. Transações mais rápidas, seguras e sem fronteiras já são realidade não somente por meio de intermediárias de pagamentos, como também bancos e outras instituições financeiras.

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  • 25 de Junho, 2025