Minerador solo desafia estatísticas e ganha R$ 2 milhões ao encontrar bloco de Bitcoin
Um minerador solo de Bitcoin surpreendeu o mercado ao descobrir sozinho o bloco 907283, feito extremamente raro e que garantiu uma recompensa de 3,154 BTC — cerca de R$ 2 milhões, considerando a cotação de US$ 118 mil por unidade. O feito ocorreu por meio do pool Solo CK, voltado justamente para usuários que preferem minerar individualmente, mesmo com chances mínimas de sucesso.
De acordo com dados da plataforma Mempool, a recompensa incluiu o valor base da mineração e também as taxas de transações registradas no bloco, que somaram 0,029 BTC — aproximadamente US$ 3.436 adicionais. O evento rapidamente chamou a atenção de especialistas, que classificaram o caso como uma espécie de “loteria digital”.
“Um minerador com esse poder computacional tem apenas uma chance em 130 mil de encontrar um bloco por dia, ou cerca de uma vez a cada 370 anos”, explicou @ckpooldev, criador do Solo CK.
O responsável pela façanha usava apenas 49 terahashes por segundo (TH/s), potência considerada extremamente baixa frente aos padrões atuais da indústria.
Atualmente, a mineração de Bitcoin é dominada por grandes conglomerados e fazendas industriais, com acesso a centenas de milhares de dispositivos especializados. Isso torna cada vez mais improvável que mineradores individuais consigam competir em igualdade. Mesmo assim, alguns entusiastas seguem apostando na estratégia solo — e, às vezes, ganham alto.

Minerador Bitcoin
Este não é um caso isolado. No mês passado, outro minerador solo lucrou R$ 1,8 milhão ao encontrar um bloco. Em março, um usuário com apenas quatro equipamentos básicos, incluindo três FutureBit Apollo e uma Bitmain SK19pro, encontrou o bloco 888.737 e levou US$ 266 mil em recompensa.
Esses episódios lembram os primórdios do Bitcoin, quando qualquer pessoa com um computador comum conseguia minerar blocos e obter BTC com frequência. Hoje, a dificuldade de mineração está no nível mais alto da história, mas eventualmente surgem exceções que desafiam a lógica do mercado.
A explicação para esses eventos está no funcionamento do protocolo do Bitcoin. O sistema funciona como uma corrida entre milhares de máquinas tentando resolver um quebra-cabeça matemático. A cada dez minutos, em média, a rede valida um novo bloco. Quando um minerador — seja ele grande ou pequeno — encontra a resposta correta, ele é recompensado. No entanto, as chances de sucesso são diretamente proporcionais à força computacional disponível.
Por isso, quando um minerador pequeno vence, o feito ganha notoriedade e se espalha rapidamente entre os entusiastas. Além do retorno financeiro, esses casos alimentam a esperança de que o Bitcoin permanece acessível mesmo fora das grandes estruturas corporativas.
A valorização recente do Bitcoin também torna esses episódios ainda mais relevantes. Com o ativo acima dos US$ 115 mil, qualquer bloco encontrado representa uma fortuna. O prêmio atual para quem minera com sucesso está em 3,125 BTC por bloco, além das taxas das transações. Neste caso, o valor somou 3,154 BTC.
Enquanto muitos veem a mineração solo como uma aposta arriscada, os poucos que conseguem vencê-la colhem frutos milionários. E seguem provando que, mesmo em um mercado dominado por gigantes, o acaso ainda encontra espaço para premiar os ousados.
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