O papel das parachains na expansão e inovação da blockchain

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As parachains são uma das inovações mais promissoras no universo blockchain, com o potencial de transformar a economia digital à medida que soluções descentralizadas ganham destaque. Elas oferecem escalabilidade, interoperabilidade, segurança e personalização.

Com essas características, permite o desenvolvimento de infraestrutura blockchain para diversos serviços e aplicações. Por exemplo, o setor de saúde pode usar uma parachain para gerenciar e compartilhar dados médicos de maneira segura e regulamentada, enquanto instituições financeiras podem usar a rede para facilitar e agilizar transações.

O que são parachains?

Parachains é uma abreviação para “parallelized chains” e significa redes paralelas em português. Com arquitetura modular, funcionam como blockchains independentes, operando paralelamente à rede principal (relay chain).

Cada parachain pode ter seu próprio design, economia e lógica de consenso, mas mantém a conexão com à rede principal. Essa integração garante a comunicação com outras redes paralelas e a segurança da relay chain.

Assim, todas as redes paralelas compartilham a segurança da relay chain da Polkadot. Por consequência, os desenvolvedores conseguem se concentrar na inovação sem precisar construir uma base de segurança do zero.

Como funcionam? 

A interoperabilidade é uma das principais características das parachains. Diferente de blockchains isoladas, essas redes paralelas conseguem se comunicar e transferir dados entre si e com a relays chains. Assim, resolvem os principais desafios da tecnologia blockchain: a fragmentação e a falta de comunicação entre redes diferentes. 

Além disso, a estrutura flexível permite a personalização. Essa combinação de características possibilita que empresas de diversos setores criem soluções blockchain sob medida para suas necessidades, facilitando a criação de novos modelos de negócios e mercados mais integrados.

Dessa forma, as parachains facilitam a construção de aplicações e serviços que dependem de várias redes blockchain trabalhando em conjunto, afinal, permite a criação de novos modelos de negócios que podem interagir em diferentes ecossistemas blockchain. Assim, pode desenvolver mercados mais eficientes e integrados, onde ativos digitais e dados podem fluir livremente entre diferentes plataformas.

Exemplos de uso das parachains

As parachains demonstram seu valor em diversos casos de uso ao serem usadas desde plataformas de finanças descentralizadas (DeFi) até tokens não fungíveis (NFTs). 

Elas são usadas especialmente dentro das redes Polkadot e Avalanche (AVAX). Confira exemplos de usos:

Polkadot

A Polkadot é uma rede conhecida pela estabilidade e segurança, ideal para projetos maduros que precisam de uma infraestrutura robusta para operações críticas. Com isso, manter um equilíbrio entre inovação e segurança é um desafio constante, especialmente com as atualizações de código e a necessidade de aprovação da comunidade.

Para lidar com isso, a Kusama atua como uma “rede canário” da Polkadot. Com uma arquitetura similar, a Kusama serve como um ambiente experimental para testar novos códigos e tecnologias e realizar lançamentos iniciais de projetos. Após ajustes e refinamentos, essas inovações são implementadas na Polkadot, permitindo que inovação e segurança coexistam.

Além disso, a Moonbeam é uma parachain compatível com a Ethereum que facilita a migração de contratos inteligentes e aplicações para Polkadot. Já o Acala, uma plataforma DeFi em uma rede paralela da Polkadot, oferece serviços integrados como staking, empréstimos e stablecoins em um único ecossistema.

Avalanche (AVAX)

Idealizada pelo Team Rocket e concretizada pelo desenvolvedor Emin Gun Sirer através da AVA Labs, a Avalanche é uma blockchain lançada em 2018. A plataforma foi projetada para gerenciar dados, executar transações e apoiar o desenvolvimento de aplicativos descentralizados (dApps). Além disso, ela pode ser integrada a outras blockchains.

O diferencial da Avalanche está no mecanismo de consenso baseado na prova de participação (PoS). Além de validar as transações com segurança e eficiência, a rede oferece um programa de staking personalizado para incentivar os usuários a participarem da rede.

Sendo assim, estes projetos conseguem exemplificar a flexibilidade das parachains, que permitem a criação de blockchains personalizadas com funções especializadas. 

Desafios e o futuro

Apesar do potencial, as parachains enfrentam desafios, principalmente relacionados à governança e alocação de slots na relay chain. O processo competitivo de leilão para slots em Polkadot pode ser um obstáculo para projetos menores. 

No entanto, o futuro para essa tecnologia é promissor. Com mais projetos explorando e aproveitando essas tecnologias, o ecossistema Polkadot tem tudo para crescer e se tornar um pilar fundamental na infraestrutura digital do futuro, criando novas oportunidades de conectividade e eficiência na blockchain.

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  • 2 de Setembro, 2024