Parceria da Chiliz com BRZ amplia ecossistema “SportFi”, diz Bruno Pessoa
A Chilliz, plataforma blockchain especializada no universo do esporte, firmou parceria com o BRZ, stablecoin controlada e emitida pela Transfero. Com isso, torcedores terão acesso facilitado a inúmeros produtos e serviços voltados ao segmento.
O mercado de Fan Tokens está crescendo ao longo dos anos, de acordo com o relatório The Global Fan. Aproximadamente 86,7% dos torcedores de futebol têm algum nível de interesse em algum clube estrangeiro, enquanto 33% têm um clube estrangeiro como seu time principal. Esse cenário explica o fato de 24% dos entrevistados gostariam de ter acesso a mais programas de fidelidade e recompensas para torcedores estrangeiros.
Nesse sentido, grandes clubes e entidades esportivas estão desenvolvendo as suas próprias soluções blockchain para angariar mais público e oferecer experiências mais personalizadas aos fãs.
É o caso da Chiliz, blockchain focada no setor de esportes. A empresa acaba de criar uma parceria com a Transfero, transformando o BRZ como opção de pagamento. É o que detalha Bruno Pessoa, country manager Brazil da Chiliz, nesta entrevista ao PanoramaCrypto. Acompanhe.
Você pode comentar sobre a Chiliz e seu modelo de negócios?
A Chiliz é uma blockchain de camada 1, especializada no segmento de esportes. Os Fan Tokens são os nossos tokens de utilidade, com mais de 70 IPs incluídas (entidades esportivas, equipes de fórmula 1, times de futebol, etc.). Esses ativos podem ser adquiridos por meio da plataforma socios.com, garantindo aos fãs acesso a uma pequena participação na construção da marca de clubes e ligas esportivas, além de outras vantagens exclusivas.
Por que a Chiliz escolheu o BRZ como opção de pagamento?
A Transfero (emissora do BRZ) é uma das cinco maiores stablecoins em volume. Saber que há tantas pessoas interagindo com essa stablecoin certamente colabora com a acessibilidade do ecossistema que nós estamos construindo. Sabemos que ainda estamos muito no começo de tudo, que temos muitas coisas para construir, inclusive parcerias que nos ajudem a trazer mais acessibilidade e simplicidade para esse momento de adoção. Isso é crucial para dar escala ao negócio. Olhando para o time fundador também, a credibilidade que a Transfero traz serve para proporcionar um ambiente saudável e transparente à criação de negócios voltados para o universo do esporte.
Qual o impacto da adoção do BRZ, emitido pela Transfero, na experiência do usuário da Chiliz?
Creio que o BRZ facilita muito a entrada do usuário no ecossistema de SportFi que temos construído, tecnicamente falando. Quando falamos sobre o usuário comum, ele normalmente se encontra em um ambiente extremamente volátil (por conta das criptomoedas). Por outro lado, o BRZ traz segurança ao cliente sobre o ativo que está adquirindo, sem essa volatilidade, permitindo que ele possa experimentar todos os benefícios de adquirir um Fan Token de um clube ou liga que gosta sem esse receio da volatilidade. Isso é primordial para garantir a segurança de todas as partes envolvidas, além da facilidade de manuseio trazida por meio da infraestrutura oferecida pela Transfero e o BRZ.
Como essa integração facilita os pagamentos e contribui para a popularização da blockchain no setor esportivo?
Muitos novos usuários ainda não estão acostumados com esse universo, sejam os fãs do esporte que estão iniciando no mundo cripto e mesmo os usuários de cripto que ainda não se familiarizaram com o modelo e a proposta dos Fan Tokens. Por isso, os sistemas e interfaces foram otimizados para garantir uma experiência semelhante à tradicional. Afinal, mais importante do que conhecer a infraestrutura por trás desses serviços é entender que eles são simples de usar e construídos com toda a segurança, eficiência, facilidade e experiência em prol da experiência do consumidor. Mais do que focar na estrutura, nossa missão é cada dia mais ampliar a acessibilidade e focar nos benefícios que os usuários receberão ao fazer parte dessa comunidade.
Como você avalia que o mercado de blockchain no setor esportivo está estruturado e como essa iniciativa da Chiliz deve contribuir para o avanço desse ecossistema?
Tudo está voltado à adoção: quanto mais pudermos facilitar o acesso à entrada nesse ecossistema, melhor. Eventualmente, pessoas terão acesso rápido a NFTs, ingressos de jogos, Fan Tokens e outros produtos digitais. Além disso, os clubes terão mais ferramentas para se aproximar de suas bases globais. É preciso ter um início de jornada simplificado, parecido com o que o mercado tradicional já faz há algum tempo para aumentar a adoção em seu pleno potencial. A Chiliz oferece infraestrutura para que o melhor dos dois mundos esteja à disposição dos desenvolvedores, proporcionando experiências naturais e integradas. Quanto mais simples for, quanto menos barreiras houver, mais valor poderemos proporcionar aos nossos clientes.
A regulamentação dos criptoativos tem chamado atenção das autoridades. De que forma a Chiliz observa a evolução do cenário atual?
Olhando para o mercado brasileiro, achamos que ele está indo para um caminho bastante interessante, se comparado com outros países. Temos boas perspectivas, pois estamos liderando boas conversas sobre ativos digitais junto aos reguladores e às associações atuantes no setor. Ainda que o mercado não seja totalmente regulado, nós nos posicionamos como uma empresa totalmente a favor das regulamentações. Isso traz segurança jurídica não apenas para empreendedores, como também para os usuários. Enfim, avalio que o mercado tende a se fortalecer com o cenário regulatório que está sendo construído e queremos estar nessa vanguarda.
A concorrência no mercado de Fan Tokens é grande. Quais diferenciais a nova parceria traz para aumentar as vantagens competitivas?
Nós conquistamos um market share significativo. Formamos uma comunidade por meio de nomes relevantes da indústria esportiva, como Manchester City, Flamengo, Paris Saint-Germain e UFC. Quando temos uma stablecoin de maneira nativa para a compra e venda desses ativos digitais, conseguimos focar em atrair cada vez mais pessoas de maneira orgânica e acertada. Ter o BRZ permite que o ecossistema que estamos construindo se torne cada vez mais forte e, com isso, outros desenvolvedores e empresários podem interagir com essas soluções ou mesmo criar as suas próprias. No fim do dia, todos acabam ganhando.
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