Paxful libera saques de criptomoedas para seus clientes

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Após encerrar suas operações, a Paxful decidiu liberar os saques de criptomoedas para clientes que estavam com as contas suspensas. De acordo com Ray Youssef, CEO da plataforma, cerca de 88% de todas as contas suspensas já estão liberadas.

Com isso, a Paxful liberou US$ 1 milhão dos fundos dos clientes em todo o mundo. A empresa aumentou sua atividade sobretudo na América do Sul, em El Salvador e no Brasil. Dessa forma, os clientes globais da Paxful já podem fazer os saques.

No entanto, Youssef observou que não poderia descongelar os 12% de contas restantes, já que essas contas estão sob controle dos reguladores dos Estados Unidos. Apenas as autoridades do país poderão definir o destino dessas contas.

Os 3% restantes

Youssef, que revelou que deixaria o cargo de CEO nesta terça-feira (18), disse que desistiu do cargo para descongelar essas contas. Além disso, o executivo também corre o risco de desacato do tribunal.

“Se sua conta ainda está congelada, sinto muito, mas não tenho poder para descongelar esses fundos e eles estão nas mãos dos reguladores dos EUA. Não tenho acesso e nunca tive acesso a fundos de clientes”, disse o ex-CEO no Twitter.

De acordo com o fundador da Paxful, 3% dos fundos totais dos clientes ainda estão congelados, resultando em cerca de US$ 4,4 milhões em fundos congelados na plataforma. Mas Youssef destacou que nem ele nem a Paxful possuem o controle das carteiras onde estão os fundos.

Ele acrescentou que esses fundos estão atualmente nas mãos de um custodiante e que ele não arruinaria seu nome roubando-os. Quando anunciou o encerramento das operações, Youssef orientou que os clientes da Paxful sacassem suas criptomoedas para carteiras de hardware.

A saga Paxful

O anúncio mais recente ocorre duas semanas depois que a Paxful anunciou o encerramento das operações de sua plataforma. A plataforma era especializada em transações P2P e chegou a anunciar que focaria apenas em Bitcoin (BTC), conforme noticiou o CriptoFácil.

No entanto, a empresa optou por encerrar totalmente suas operações menos de quatro meses após essa mudança. Youssef citou algumas saídas importantes de funcionários e desafios regulatórios do setor como motivos para a decisão.

Logo após o anúncio, o ex-CEO observou que a mudança também ocorreu por uma ação movida por um cofundador da Paxful, Artur Schaback. Um processo judicial no CourtConnect mostrou que uma ação foi movida por Schaback contra Youssef em janeiro, com Paxful sendo um réu nominal no litígio.

Youssef afirmou que Schaback processou a Paxful porque estava chateado, acrescentando que a equipe de contencioso do executivo era desagradável, afastando a equipe de alto escalão da empresa.

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  • 18 de Abril, 2023