PF prende fundador do 2GO Bank em operação contra lavagem de dinheiro do PCC

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A Polícia Federal e o Ministério Público de São Paulo deflagraram, nesta terça-feira (25), a Operação Hydra, visando empresas financeiras suspeitas de lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC). As fintechs 2GO Bank e Invbank estão no centro das investigações, que apontam um esquema milionário de ocultação de recursos ilícitos.

A operação resultou na prisão preventiva do ex-policial civil Cyllas Salerno Elia Júnior, fundador do 2GO Bank. Além disso, as autoridades cumpriram dez mandados de busca e apreensão em cidades como São Paulo, Santo André e São Bernardo do Campo.

Na operação, a Justiça também bloqueou R$ 27,9 milhões distribuídos em oito contas bancárias e determinou a suspensão das atividades das fintechs investigadas.

De acordo com a PF, as investigações tiveram início após a delação premiada de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, assassinado em novembro de 2023 no Aeroporto de Guarulhos. Segundo ele, as fintechs investigadas recebiam dinheiro de Anselmo Becheli Santa Fausta, o “Cara Preta”, e Rafael Maeda, o “Japa”, ambos ligados ao PCC.

Dinheiro aprendido pela Polícia Federal
Imagem: Polícia Federal

Polícia Federal prende fundador do 2GO Bank

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) descobriu que essas fintechs eram usadas para ocultar a origem dos recursos e facilitar a compra de imóveis de luxo. Dessa forma, o 2GO Bank também operava como banco para casas de apostas e corretoras de criptomoedas. Já a Invbank firmava contratos com construtoras para “esquentar” dinheiro ilícito.

As conexões financeiras revelam transações suspeitas. A fintech recebeu R$ 5 milhões de uma empresa de intermediação de negócios de Sinop (MT), que por sua vez enviou R$ 31 milhões para o 4T Bank, investigado por movimentar R$ 8,2 bilhões e ser conhecido como “banco do PCC”.

A Operação Hydra acontece dias após a denúncia de 12 pessoas, incluindo policiais civis e empresários, por lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública. Os promotores também pedem o confisco de R$ 40 milhões como ressarcimento à sociedade. A investigação segue em andamento e pode revelar novos envolvidos no esquema criminoso.

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  • 25 de Fevereiro, 2025