Polícia prende 215 pessoas por fraude com criptomoedas

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A polícia da Coreia do Sul desmantelou um esquema que causou prejuízos superiores a US$ 232 milhões com criptomoedas. De acordo com o anúncio, o golpe atingiu milhares de pessoas antes que a polícia desmantelasse o esquema. 

Os golpistas visavam sobretudo pessoas de meia-idade, consideradas mais vulneráveis, bem como indivíduos que procuravam atalhos para obter grandes lucros. No entanto, em vez de obter lucros, as vítimas entregaram as economias de uma vida inteira nas mãos de criminosos.

Polícia sul-coreana prendeu 215 envolvidos 

A Unidade de Investigação Anticorrupção e Crimes Econômicos da Agência de Polícia Provincial do Sul de Gyeonggi prendeu 215 pessoas por executar uma fraude de criptomoedas que afetou mais de 15.000 pessoas.

Da mesma forma, a polícia também prendeu outro golpe de criptomoedas envolvendo mineração de Bitcoin. Neste caso, o esquema causou prejuízos de US$ 1,6 milhão prometendo retornos falsos com criptomoedas.

A equipe de Gyeonggi equipe derrubou uma falsa empresa de consultoria de investimentos administrada por um youtuber sul-coreano que tinha mais de 620 mil inscritos. Esse funcionou por um período de quase dois anos e meio, entre dezembro de 2021 e 2 de março de 2023.

Mais de 12 pessoas foram acusadas sob a Lei de Punição Agravada para Crimes Econômicos Específicos e estão detidas. Entre elas está o líder do projeto, identificado como “Sr. A”.

A investigação policial revelou que o youtuber estava administrando várias empresas e organizações de consultoria de investimentos, todas elas falsas. Na verdade, o esquema era uma fachada para crimes lavagem de dinheiro, manipulação de preços e outras atividades.

O grupo utilizava slogans ousados como “Uma chance de mudar seu destino” ou mesmo “Venda seu apartamento e faça um empréstimo para comprar moedas”. Eles também atraíam suas vítimas por anúncios no próprio YouTube oferecendo lucros de até 20 vezes.

No total, o esquema arrecadou mais de US$ 232 milhões e lesou cerca de 15.000 pessoas. Destes, alguns venderam até bens pessoais para aproveitar os retornos falsos prometidos pelos golpistas.

Golpista promoveu 28 criptomoedas falsas

Durante o tempo em que o esquema funcionou, os criminosos lançaram 28 tokens falsos. Entre eles, 22 possuíam volume muito baixo – só os operadores do esquema faziam as movimentações.

Os golpistas estavam inflando artificialmente os preços tokens de criptomoedas comprando grandes quantidades, o que dava a impressão de que a demanda era alta. Essa tática iludiu os investidores que pensaram estar diante de oportunidades de compra.

Os seis tokens restantes de baixa capitalização de mercado tinham grandes riscos e frequentemente operavam em baixa. Quando isso acontecia, os golpistas costumavam ligar para os investidores e pediam mais aportes em troca de juros maiores.

A investigação policial também esclareceu que o Sr. A estava realizando fraude de criptomoedas para compensar o pedido de reembolso de membros por ações que foram interrompidas em 2020. No entanto, com o golpe de criptomoedas, ele ganhou US$ 234 milhões.

O líder do esquema também tinha cerca de 22 Bitcoins (BTC) como sua fortuna pessoal. Considerando o preço do BTC em US$ 87.600, essa carteira tinha cerca de US$ 1,9 milhão.

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  • 14 de Novembro, 2024