Polkadot: um ecossistema criado para conectar blockchains
Com o surgimento de milhares de altcoins e de redes blockchains alternativas a do Bitcoin e de outras criptomoedas no mercado, um grande desafio foi criado para os desenvolvedores: conectar plataformas distintas. Para criar uma ‘ponte’ entre diferentes redes foram desenvolvidos protocolos como a Polkadot.
A Polkadot é uma plataforma digital que possui como principal função ligar diferentes blockchains no mercado cripto, em um ecossistema de total integração para essas soluções. Considerada uma das principais brigdes do mercado cripto, a Polkadot permite transações com criptomoedas entre blockchains diferentes, através de mecanismos como o encapsulamento de tokens.
Para funcionar como uma ‘ponte’ entre blockchains, a Polkadot aposta em escalabilidade e rapidez nas operações através da criação de blockchains paralelas que operam de forma autônoma à plataforma principal, conhecidas como relay chains. Já as parachains desenvolvidas na Polkadot permitem autonomia e personalização de cadeias blockchains para os usuários.
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- O que é a Polkadot?
- Como a Polkadot funciona?
- Relay chain: a principal blockchain
- Staking na Polkadot
- Integração com parachains
- Mais interoperabilidade na rede blockchain
- Polkadot Blockchain Academy
- Criptomoeda polkadot (DOT)
O que é a Polkadot?
Polkadot é o nome de um protocolo de interconexão entre blockchains que permite a execução de operações em redes paralelas.
Essa rede pode ser definida como uma ponte, que oferece integração e universalização de sistemas que operam em diferentes blockchains.
Por apresentar compatibilidade com projetos como o Bitcoin, o protocolo permite a execução de operações com diferentes criptomoedas além de compatibilidade com aplicativos descentralizados (dApps).
A plataforma Polkadot foi lançada oficialmente no mercado cripto no dia 26 de maio de 2020, e possui entre os seus cofundadores o famoso desenvolvedor da rede Ethereum, Gavin Wood.
A rede principal da Polkadot é conhecida como relay chain, onde as parachains são integradas. Essas cadeias paralelas é o que confere a plataforma alta escalabilidade, podendo processar mais de mil transações por segundo.
Para validar as transações, o protocolo utiliza um mecanismo de prova de participação (proof-of-stake). O mecanismo é responsável por várias funções na plataforma, como a emissão do token nativo da rede polkadot (DOT), programas de staking e votação entre a comunidade Polkadot.
Essa plataforma funciona através de duas redes blockchains, onde cada uma possui suas finalidades. Além dessas blockchains, o projeto mantém uma cadeia para a função bridges, conectando parachains e a relay chain com outras blockchains que existem no mercado cripto.
Sendo assim, a Polkadot pode ser divida em três funções básicas, de acordo com suas principais funcionalidades, como:
- relay chain: blockchain principal do projeto, que integra redes de outras plataformas com cadeias criadas dentro da própria Polkadot.
- parachains: funcionam como uma blockchain secundária para outros projetos cripto, pode ser personalizada pelos usuários e integrada com cadeias principais como a Ethereum. As parachains se integram na blochain principal da Polkadot, a relay chain.
- ponte: a funcionalidade de ponte permite que o sistema da Polkadot seja conectado com uma blockchain diferente. Isso permite a criação de tokens dentro de um único ecossistema, provendo mais liquidez e descentralização para grandes projetos do mercado cripto.
Como a Polkadot funciona?
A rede Polkadot possui uma blockchain principal que conecta redes distintas e outras blockchains secundárias. Essas blockchains paralelas funcionam como uma blockchain autônoma e se interligam à rede principal para validar as operações registradas na rede.
É através das parachains que a Polkadot fragmenta as operações sem centralizar o registro e validação de dados na cadeia principal. Portanto, a plataforma recebe informações após a inserção da transação na parachain.
Com um mecanismo de prova de participação, a rede necessita de um programa de staking para validar cada operação registrada no ecossistema. Dessa forma, a criptomoeda DOT é usada para garantir essa validação, e é mantida em staking pelos usuários da própria plataforma.
Além do saldo em criptomoeda em pools de staking, existem validadores de nós da plataforma que usam o saldo em DOT e poder computacional para participar da produção de novos blocos de dados na Polkadot.
Outra opção são os nominadores, que executam nós da rede para detentores de DOTs, reunindo vários investidores no processo de validação de dados.
A rede ainda possui colaboradores conhecidos como coletores, que fazem o papel de rastrear as transações criadas na parachain e depois enviam essas informações para validadores da cadeia principal. Por fim, a plataforma conta ainda como ‘pescadores’, desenvolvedores responsáveis por encontrar falhas na rede.
Relay chain: a principal blockchain
A rede Polkadot aposta na descentralização de suas soluções para garantir mais escalabilidade para o projeto. É através da separação das funcionalidades da plataforma, que mais escalabilidade é oferecida para os principais projetos cripto no mercado.
E, para manter todas as funções em conformidade, a Polkadot gerencia soluções como o Pendulum e as parachains através de sua cadeia principal, a relay chain.
Nessa plataforma, as informações das parachains são confirmadas, assim como as brigdes criadas para integrar blockchains diferentes no projeto.
Portanto, a relay chain funciona como um verificador e autenticador de atividades na Polkadot.
Para o sistema funcionar, a relay chain opera uma variação do mecanismo de consenso conhecido como prova de participação (proof of stake). No caso da relay chain, o mecanismo é a prova de participação denominada (NPos).
Staking na Polkadot
Todo o sistema Polkadot é mantido a partir de um mecanismo de consenso baseado em staking. Ou seja, toda a rede opera a partir de um sistema descentralizado de recompensas, para usuários que mantêm saldo em DOT usado no processo de validação de dados.
Mas, com o sistema NPoS, apresenta especificidades em um contrato inteligente especial, delegando funções diversas para os usuários participantes do ecossistema, como:
- validadores: nessa etapa, os usuários podem exercer funções de validadores de operações nas parachains da Polkadot, ao mesmo tempo que participam da comunidade da rede, votando em melhorias nos projetos através de assembleias.
- nomeadores: para manter a rede principal protegida, a Polkadot possui os nomeadores, que são usuários que selecionam validadores confiáveis na plataforma. Esse tipo de usuário mantém a relay chain segura, usando o saldo em DOT também em votações de melhoria do projeto.
- classificadores: para garantir a velocidade de processamento necessária, a Polkadot possui os classificadores, que realizam um sistema de triagem dos dados fornecidos por parachains. São os classificadores que determinam onde cada informação será inserida antes de registrar todas as operações na relay chain.
- pescadores: são fundamentais para manter a rede Polkadot segura. Esses usuários monitoram o funcionamento da plataforma e denunciam qualquer anormalidade encontrada.
Integração com parachains
As cadeias paralelas que se conectam com a Polkadot podem executar transações que são validadas posteriormente na cadeia principal. Mas, além disso, as parachains podem abrigar soluções financeiras descentralizadas (DeFi) e aplicativos dApps.
Portanto, é possível desenvolver ferramentas através de parachains com total integração com a Polkadot. Uma dessas principais ferramentas é o Pendulum, que funciona como uma parachain.
O Pendulum é um protocolo de código aberto que permite conectar soluções DeFi com o mercado de câmbio. A solução opera através de contratos inteligentes e integração com moedas fiduciárias e stablecoins, usando máquinas de mercado automatizados (AMMs).
Mais interoperabilidade na rede blockchain
A plataforma Polkadot permite criar soluções digitais que aumentaram significativamente a atividade na rede nos últimos meses. Dados sobre o último trimestre de 2023 mostram um crescimento de 93% na criação de endereços digitais nessa blockchain.
Com isso, mais interoperabilidade é oferecida pela Polkadot aos projetos criados em sua rede. A plataforma, que funciona como uma parachain, atingiu mais de 200 mil endereços criados entre os meses de outubro e dezembro do último ano.
Polkadot Blockchain Academy
A Fundação Polkadot realizará maius uma edição do Polkadot Blockchain Academy em 2024. De acordo com a instituição, Singapura sediará o evento, que acontecerá entre 20 de maio a 20 junho.
O evento é, na verdade, um programa de aceleramento de projetos para a adoção de tecnologias voltadas para o espaço Web3, e pretende atrair desenvolvedores blockchains, além de entusiastas e profissionais que atuam em projetos Web3.
Criptomoeda polkadot (DOT)
A rede Polkadot possui uma criptomoeda nativa que recebe o mesmo nome da plataforma principal, polkadot (DOT). Esse token possui duas importantes funções em todo o ecossistema: validar transações e delegar mudanças em toda a rede.
A principal função do DOT é manter um programa de staking para garantir o funcionamento da plataforma. Como a rede usa um mecanismo de prova de participação, a criptomoeda desempenha um papel importante na validação dos dados na plataforma.
Outra função do token é garantir a participação dos investidores em assembleias com votação sobre o projeto. Nessas votações, os próprios usuários determinam como mudanças e atualizações serão implantadas na plataforma, através de uma votação direta.
Assim como todo o ecossistema, o token DOT é considerado uma das maiores criptomoedas do mercado cripto atualmente. Cada unidade do polkadot é negociada por volta de US$ 7,17, em valores atuais. De acordo com dados do TradingView, a criptomoeda DOT possui mais de US$ 9 bilhões em capitalização, sendo considerada uma das 13 maiores criptomoedas em valor de mercado.
Você sabia que a DOT pode ser usada em programas de staking? Clique aqui e saiba mais sobre esse protocolo.
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