Promotores dos EUA estão investigando a Tether (USDT), diz WSJ
Autoridades dos Estados Unidos estão investigando a Tether, empresa responsável pela maior stablecoin do mundo, a USDT. As suspeitas são de que a empresa possa ter violado regras contra a lavagem de dinheiro e sanções.
De acordo com uma reportagem do The Wall Street Journal, publicada nesta sexta feira (25), a investigação analisa se terceiros utilizaram a stablecoin para atividades ilegais, como financiamento de terrorismo, tráfico de drogas e ataques cibernéticos.
O escritório do procurador dos EUA em Manhattan conduz a investigação criminal. Enquanto isso, o Departamento do Tesouro estuda a possibilidade de sancionar a Tether devido ao uso da stablecoin por pessoas e grupos sancionados pelos EUA. Isso inclui a organização terrorista Hamas e outros indivíduos na Rússia. Caso o Tesouro opte por sancionar a empresa, isso poderá restringir negócios entre Tether e cidadãos dos EUA.
Tether pode sofrer sanções nos EUA
Até o momento, tanto o Departamento do Tesouro quanto o escritório do Procurador do Distrito Sul de Nova York não se manifestaram sobre o caso. O CEO da Tether, Paolo Ardoino, reagiu à reportagem nas redes sociais. Conforme afirmou Ardoino, não há indícios de que a Tether esteja sob investigação. Além disso, ele criticou o Wall Street Journal por “repetir informações antigas”.
A Tether é alvo de escrutínio há anos devido à sua stablecoin, atrelada ao valor do dólar americano. Em uma investigação anterior, a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos EUA afirmou que a empresa fez declarações “falsas ou enganosas” sobre a lastreabilidade da stablecoin, alegando que esta não era totalmente apoiada em dólares americanos, como a empresa havia informado.
Além disso, parlamentares dos Estados Unidos também expressaram preocupação com as atividades da Tether. Eles solicitaram ao Departamento de Justiça do país uma investigação sobre o possível envolvimento da empresa em financiamento ilícito. A Tether, por sua vez, afirma que colabora com autoridades internacionais em todas as investigações.
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