Receita de mineração de Bitcoin atinge nova baixa
A receita gerada pela mineração de Bitcoin atingiu uma nova baixa em agosto de 2024, marcando o pior desempenho do setor em quase um ano. De acordo com dados da plataforma de análise on-chain Bitbo, os mineradores da maior criptomoeda do mundo acumularam apenas US$ 827 milhões no mês. Trata-se de uma queda de mais de 10% em relação aos US$ 927,35 milhões registrados em julho.
Esse declínio acentuado na receita é ainda mais significativo quando comparado ao pico de desempenho do setor em março de 2024, quando a mineração de Bitcoin gerou mais de US$ 1,9 bilhão. Esse período de auge coincidiu com o recorde histórico do ativo digital, que atingiu um valor superior a US$ 73.500 em 13 de março.
Além da queda na receita total, as taxas de transação na rede Bitcoin também apresentaram uma redução expressiva. Dados do The Block indicam que os participantes da rede receberam aproximadamente US$ 20,76 milhões em taxas no mês passado, uma diminuição de US$ 4,14 milhões em comparação com julho.
Esse declínio se torna ainda mais acentuado ao considerar que, em abril, as taxas de transação ultrapassaram US$ 281 milhões, em contraste com uma receita de mineração de US$ 1,5 bilhão.
Mineração de Bitcoin
A quantidade de Bitcoins minerados também caiu ligeiramente, passando de aproximadamente 14.725 em julho para 13.843 em agosto. Esse declínio fez com que agosto se tornasse o pior mês em termos de receita para os mineradores desde setembro de 2023, quando o setor gerou cerca de US$ 727 milhões. No entanto, desde então, o valor do Bitcoin mais que dobrou, sendo negociado a US$ 58.000 no momento desta publicação.
Outro fator que contribuiu para o desempenho negativo dos mineradores foi o aumento contínuo da dificuldade de mineração, que atingiu um recorde histórico de 89,47 trilhões em agosto, superando os 86,87 trilhões registrados em julho.
Apesar do cenário desfavorável para os mineradores, o número de “baleias” de Bitcoin. Ou seja, investidores que possuem pelo menos 100 BTC, aumentou significativamente.
De acordo com a plataforma de análise cripto Santiment, o número de carteiras com mais de 100 BTC cresceu em 283 no último mês, alcançando 16.120, o nível mais alto em quase um ano e meio.
Essa tendência de acumulação de Bitcoin ocorre em um contexto de dificuldades recentes para a criptomoeda, que sofreu uma queda de 1,5% nas últimas 24 horas e perdeu quase 10% de seu valor nos últimos sete dias, de acordo com dados do CoinGecko. Durante esse período, o preço do ativo variou entre US$ 57.383 e US$ 64.066, lutando para manter o nível de suporte de US$ 60.000.
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