Sam Bankman-Fried teria sacado R$ 3,5 milhões em prisão domiciliar
Sam Bankman-Fried (SBF), fundador e ex-CEO da exchange de criptomoedas FTX – que está em processo de recuperação judicial – supostamente sacou o equivalente a R$ 3,5 milhões durante o período em que está em prisão domiciliar.
Acusado de promover um “golpe épico” com a FTX, de má gestão dos recursos dos clientes, entre outras coisas, SBF foi preso em 12 de dezembro nas Bahamas após o governo dos Estados Unidos apresentar denúncias contra o ex-CEO da FTX.
Cerca de duas semanas depois, a defesa de SBF negociou o pagamento de uma fiança de US$ 250 milhões (R$ 1,3 bilhão). Então, o acusado pôde ir para prisão domiciliar, na casa de seus pais em Palo Alto, Califórnia. A referida fiança foi o maior valor já pago antes de um julgamento. O valor superou até mesmo o caso do famoso fraudador Bernie Madoff, que recebeu um acordo de fiança de US$ 10 milhões em 2008.
Sam Bankman-Fried (SBF) violou a lei?
Ocorre que, de acordo com revelações recentes, SBF teria feito saques acima do permitido durante a prisão domiciliar. Conforme informou o analista conhecido como “BowTiedIguana”, SBF enviou US$ 684.000 para uma exchange de criptomoedas sem KYC (Conheça Seu Cliente) em Seychelles.
Além disso, enviou outra parte dos ativos para a rede Bitcoin por meio do Ren Protocol, uma ponte com financiamento da Alameda – empresa irmã da FTX.
Segundo o analista, SBF deve ter violado a sua condição de liberação. Afinal, ele não poderia gastar mais de US$ 1.000 sem a permissão do tribunal.
Did disgraced crypto founder Sam Bankman-Fried just cash out $684k to a crypto exchange in the Seychelles while under house arrest?
His release conditions are that he not spend more than $1,000 without permission from the court.
Let's examine the evidence on chain
— BowTiedIguana (@BowTiedIguana) December 30, 2022
“O desgraçado fundador de cripto, Sam Bankman-Fried, acabou de sacar US$ 684.000 para uma exchange de criptomoedas em Seychelles enquanto estava em prisão domiciliar? Suas condições de liberação são que ele não gaste mais de US$ 1.000 sem a permissão do tribunal. Vamos examinar as evidências on-chain”, tuitou ele.
Rastreando as movimentações de SBF
Na sequência, o analista informou como conseguiu ter acesso ao endereço da carteira de SBF para rastrear as movimentações. Segundo ele, o próprio SBF divulgou sua carteira ETH quando concordou em assumir o controle da exchange SushiSwap.
“Depois que o SBF foi para casa, sua carteira enviou todos os seus criptoativos restantes para um novo endereço Ethereum criado uma hora antes. Em três horas, mais de 100 novos depósitos foram feitos nesta carteira de vários endereços, a maioria com links para fundos de hedge extintos da SBF Alameda Research”, tuitou ele.
Por fim, o analista disse que em menos de 4 horas, SBF moveu 570 ETH no valor de cerca de US$ 684.000 desta nova carteira para vários destinos.