Stablecoins prometem mudar o mercado de importação e exportação

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Transparência, acessibilidade e segurança são três características que devem estar sempre presentes no mundo da logística. O processo de importação e exportação de produtos pode ser otimizado por meio da tecnologia blockchain – especificamente das stablecoins.

Existem inúmeras vantagens técnicas que, se implementadas nesse segmento, podem trazer mais confiabilidade tanto aos profissionais como aos consumidores finais.

Entenda sobre estes ativos digitais e como eles podem ser incorporados aos mecanismos de fluxo e controle de mercadorias.

O que são stablecoins?

São moedas digitais geralmente lastreadas em ativos reais, como moedas fiduciárias (real, dólar americano, euro, etc.), commodities (como petróleo, ouro e prata) ou mesmo outras criptomoedas. Esses ativos garantem a liquidez e a estabilidade dos preços.

A empresa emissora de stablecoins tem como objetivo garantir que o preço do ativo mantenha a paridade 1:1. Por exemplo, cada BRZ emitido pela Transfero vale exatamente o mesmo que o Real Brasileiro, de acordo com a cotação atual. O mesmo vale para o Tether (USDT), cujo valor é diretamente proporcional ao do dólar americano.

Órgãos independentes podem auditar regularmente as reservas dessas moedas, garantindo que todas as partes envolvidas estejam trabalhando com ativos confiáveis.

Principais vantagens

Trabalhar com stablecoins em vez de moedas tradicionais pode trazer vários benefícios, tais como:

  • Estabilidade de preço: Todas as negociações poderão ser feitas de acordo com a cotação do ativo fiduciário preferido, sem os riscos envolvendo a volatilidade das criptomoedas;
  • Maior velocidade: Muitas blockchains são capazes de executar milhares de transações por segundo, tornando-as opções interessantes para garantir a agilidade nos negócios;
  • Disponibilidade 24/7: Importações e exportações poderão ser feitas a qualquer hora do dia, incluindo finais de semana e feriados;
  • Menos custos: De maneira geral, as taxas de rede são mais baratas do que as plataformas bancárias tradicionais;
  • Acessibilidade: As stablecoins dão acesso facilitado a mercados emergentes, muitas vezes capazes de proporcionar produtos exclusivos;
  • Menos burocracia: Em vez de ter de lidar com conversões monetárias lentas e complicadas, o processo poderá ser feito automaticamente, sem a necessidade de intermediários.

Graças ao avanço regulatório global, muitas destas transações poderão ser feitas de maneira ainda mais simplificada, sem a necessidade de obter autorizações específicas em certos casos. Um exemplo é o Markets in Crypto-Assets (MiCA), principal marco legal envolvendo criptomoedas e ativos digitais dentro da União Europeia: uma vez autorizadas, as empresas poderão negociar valores livremente, sem burocracias adicionais.

Casos de uso de importação e exportação

Existem plataformas financeiras que, por meio da tecnologia blockchain, estão facilitando a negociação de importações e exportações em todo o mundo. A gigante financeira Wells Fargo está desenvolvendo a sua própria stablecoin, sob a promessa de que será mais eficiente que o SWIFT, um sistema empresarial global que atinge cerca de 11 mil companhias, de acordo com o CoinDesk.

Da mesma forma, o Citibank também desenvolve soluções sob medida para o universo corporativo, com stablecoins compondo o portfólio das empresas para agilizar as transações. Criptomoedas também poderão ser aceitas como meio de pagamento, caso os clientes optem por isso.Comerciantes de todo o Brasil podem utilizar o Transfero Checkout como intermediário de pagamento. Com uma interface  muito semelhante à de plataformas de pagamento tradicionais, ele realiza a conversão automática do valor em criptomoedas para moeda nacional.

Uma tendência global

Cada vez mais, a economia tradicional abandona o papel-moeda e busca soluções para acompanhar a integração do mundo digital. Por meio de smartphones, computadores e outros dispositivos conectados à internet, pode-se comprar e vender de tudo. O mesmo se aplica ao universo de importação e exportação.

Grandes instituições, fintechs e neobanks estão atualizando os seus sistemas para que sejam capazes de atender às demandas dos seus usuários conforme essa nova realidade. Processos internacionais de compra e venda poderão ser executados com mais velocidade, segurança e confiabilidade, permitindo que a livre concorrência seja construída de maneira saudável e democrática.

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  • 4 de Dezembro, 2024