Suprema Corte das Bahamas escolhe especialistas da PwC como oficiais de falência da FTX
A Suprema Corte das Bahamas aprovou dois especialistas que coordenarão o processo de recuperação judicial da FTX. De acordo com a decisão da corte, ambos são especialistas em insolvência ligados à PricewaterhouseCoopers (PwC), uma das maiores empresas de auditoria do mundo.
Os dois especialistas chamam-se Kevin Cambridge e Peter Greaves e atuarão como liquidatários provisórios que supervisionam os ativos da FTX. Eles serão responsáveis por realizar a auditoria dos ativos e passivos da empresa e determinar o destino da FTX.
Conforme noticiou o CriptoFácil, a FTX entrou com pedido de recuperação judicial na sexta-feira (11) nos Estados Unidos. Mas a sede global da empresa fica nas Bahamas, e por isso, coube a Corte do país decidir quem vai liderar o processo.
Nomeação acelera possível falência
A nomeação de Cambridge e Greaves como liquidatários provisórios conjuntos na segunda-feira acelera o processo de recuperação da FTX. Em seguida, os especialistas vão coordenar uma auditoria completa que deve relatar o que de fato aconteceu com as finanças da FTX.
Com a nomeação, a Suprema Corte disse que está tomando medidas de execução rápidas “para proteger ainda mais os interesses de clientes e credores. Além disso, a Corte trabalha em conjunto com a Comissão de Valores Mobiliários das Bahamas para dar celeridade ao processo.
“A Comissão é a principal autoridade nas Bahamas que conduz as investigações sobre os eventos e partes, incluindo, mas não limitado a, FTX Digital Markets Ltd. (uma entidade regulamentada), FTX Trading Ltd., Alameda Research Ltd. e outras entidades relacionadas cujo centro de interesse principal, direção e gestão estava supostamente localizado nas Bahamas”, disse o comunicado.
FTX enfrenta investigação
A exchange do empresário Sam Bankman-Fried (SBF) terá um logo processo pela frente. No final, a Corte decidirá se a exchange pode continuar operando ou se irá à falência.
Mesmo com o pedido de recuperação, a FTX ainda está sob investigação da Comissão de Valores Mobiliários das Bahamas. O órgão investiga as condutas da empresa em relação aos bloqueios de fundos dos clientes e a sua insolvência. Portanto, a FTX segue sob a jurisdição e pela aplicação da lei do seu país-sede.
Na última quinta-feira (10), enquanto a crise ainda acontecia, a Comissão de Valores Mobiliários das Bahamas suspendeu o registro da FTX e congelou os ativos vinculados à empresa. Na ocasião, o órgão nomeou o advogado Brian Simms como liquidante provisório supervisionado da FTX.
Além da FTX, outras 134 afiliadas e subsidiárias do grupo em todo o mundo também buscam proteção contra insolvência. Um documento apresentado na segunda-feira mostrou que a FTX pode ter mais de um milhão de credores e dívidas que superam US$ 10 bilhões.