Suriname pode passar Argentina e ser o próximo país a adotar Bitcoin como moeda legal
A candidata à presidência de Suriname, Maya Parbhoe, está ganhando destaque com sua proposta audaciosa de adotar o Bitcoin (BTC) como moeda oficial do país, chegando “na frente” da Argentina. O país latino-americano tem o presidente Milei como grande defensor do BTC, mas até agora não anunciou nada substancial para a comunidade.
Parbhoe já havia manifestado seu otimismo com a criptomoeda em maio de 2024. Ela acredita que o Bitcoin pode ser a solução para a crise financeira que afeta Suriname. Seu plano se inspira em El Salvador, que se tornou o primeiro país a adotar o Bitcoin como moeda legal em 2021.
A candidata argumenta que a população reduzida de Suriname, com cerca de 600.000 habitantes, torna mais fácil a implementação de mudanças significativas.
“Somos um país muito pequeno e com uma população menor podemos realizar mudanças mais rapidamente do que Bukele em El Salvador”, disse Parbhoe.
Em El Salvador, que tem aproximadamente 6,3 milhões de habitantes, o presidente Nayib Bukele enfrentou desafios consideráveis ao introduzir o Bitcoin como moeda oficial. A menor escala de Suriname pode facilitar a adoção e integração do Bitcoin na economia do país.
Suriname pode adotar o Bitcoin
Outro ponto forte da campanha de Parbhoe é sua crítica ao sistema financeiro tradicional. Ela acredita que a implementação do Bitcoin pode ajudar a construir um novo sistema financeiro, protegendo a economia de Suriname da inflação crescente do dólar surinamês (SDR).
Parbhoe apontou que o governo dos Estados Unidos estava “quebrado” quando o Bitcoin surgiu em 2008 e comparou a atual situação econômica americana à queda do Império Romano.
“Não vejo razão para manter o dólar surinamês. Ele tem uma inflação de 50-60%. Precisamos de outra unidade de troca”, afirmou.
A candidata pretende que os cidadãos possam receber seus salários em Bitcoin e que as empresas aumentem suas reservas de valor com a criptomoeda. Ela acredita que isso não só protegerá os rendimentos da inflação, mas também proporcionará uma reserva de valor mais estável.
Ela também destacou a importância de criar um marco regulatório adequado para o ecossistema digital. Além disso, Parbhoe planeja uma campanha nacional para educar a população sobre o Bitcoin e as criptomoedas.
“Proponho fazer de Suriname a casa da inovação do Bitcoin”, declarou. Ela acredita que, com o conhecimento adequado, os cidadãos estarão mais bem preparados para trabalhar e entender o funcionamento da indústria de criptomoedas.
- Leia também: Animoca Brands pretende abrir o capital em 2025