Token HEX desaba após investigação contra seu fundador

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A polícia da Finlândia apreendeu mais de US$ 2,6 milhões em relógios de luxo em posse de Richard Schueler, fundador da blockchain Hex. De acordo com a emissora nacional da Finlândia, Yleisradio Oy (Yle), as autoridades recolheram 20 relógios de luxo, a maioria dos quais eram da marca Rolex.

O jornal afirmou que a apreensão ocorreu na cidade de Espoo dentro de uma residência, mas não afirmaram se a cada pertencia a Schueler. O fundador da Hex enfrenta acusações de sonegação fiscal em toda a Finlândia, o que motivou a operação na residência.

De acordo com o Yleisradio Oy (YLE), os bens estão avaliados em US$ 2,68 milhões.

Schueler fundou a Hex, uma criptomoeda comercializada como um “certificado de depósito em blockchain” de alto rendimento. Mas a plataforma caiu na mira da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), que acusa a blockchain de emitir títulos mobiliários sem autorização.

Ao mesmo tempo, Schueler também enfrenta acusações de usar indevidamente US$ 12 milhões da Hex para comprar bens de luxo e promover retornos acima do mercado. Em 2022, o fundador da Hex foi acusado de supostamente pagar US$ 22 milhões em Bitcoin (BTC) na compra de um diamante exclusivo.

Como resultado da operação, o preço do token HEX caiu 8,3% e também acompanhou as demais perdas do mercado nesta quarta-feira (08).

Apreensão de relógios repercute na Finlândia.
Fonte: YLE.

Sobre a apreensão

A notícia da apreensão de relógios de Schueler veio após relatos do final de dezembro de que a Interpol emitiu um pedido de prisão contra ele por fraude fiscal e acusações de agressão.

O homem teria “agredido fisicamente uma vítima de 16 anos, agarrando seus cabelos, arrastando-a para a escada e jogando-a no chão”. Como resultado, a Interpol emitiu um “alerta vermelho“, dando a captura de Schueler como “prioridade”.

Muitos dos relógios foram comprados na Finlândia, enquanto outros foram adquiridos nos Estados Unidos. Harri Saaristola, o detetive encarregado de investigar Shueler, disse que a polícia conseguiu rastrear os produtos por meio de serviços de inteligência.

A SEC alega que a Hex não passa no Teste de Howey, que define se um bem é ou não um valor mobiliário. Por não ter passado, a blockchain necessitaria de licença emitida pela SEC para oferecer seus serviços a clientes nos EUA. De acordo com a SEC, Schueler ofereceu rendimentos “irreais”, mas entregou um token que desabou 98,4% em relação ao seu pico.

O regulador acusou Schueler e três entidades não incorporadas, PulseChain, PulseX e Hex, de emitirem valores mobiliários sem licença no ano passado.

“A Heart começou a comercializar a Hex em 2018, alegando que era o primeiro ‘certificado de depósito de blockchain’ de alto rendimento e começou a promover os tokens Hex como um investimento projetado para tornar as pessoas ‘ricas’”, diz a reclamação da SEC.

A defesa de Schueler entrou com uma moção para rejeitar o caso, alegando que arrecadou mais de US$ 1 bilhão por meio de vendas de títulos não registrados vinculados à sua startup Hex. O fundador da rede ainda permanece foragido.

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  • 8 de Janeiro, 2025