Tokenização supera limitações de pagamento com criptomoedas

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A tokenização de pagamentos é uma das respostas à demanda de um mercado cada vez mais interessado em criptoativos, mas que pouco os utiliza para as transações comerciais. A avaliação é da CRO da Transfero Group, Juliana Felippe, que acredita que as soluções de tokenização podem conectar o mercado financeiro às novas expectativas dos consumidores e acelerar a transformação do sistema de pagamentos.

No Brasil, o Banco Central já considera essa questão e avança com iniciativas como o Open Finance e o Drex, que está na segunda fase do piloto. Dentre os benefícios nessa implementação estratégica, estão a ampliação do acesso ao crédito, a democratização da economia digital, a segurança dos dados sensíveis com o uso da blockchain e o ganho operacional.

O movimento da organização, além de rumar à nova economia digital, reflete a busca por uma conexão maior com um mercado em expansão e uma maior competitividade.

O que são os tokens?

Os tokens, que são a representação digital de ativos com registro em uma blockchain são divididos entre os fungíveis e os não fungíveis. Os primeiros, dizem respeito àqueles que podem ser substituídos por outros do mesmo tipo sem que haja  diferença de valor. Já os segundos, àqueles que são únicos e, portanto, não podem ser substituídos por outros tokens de forma equivalente. 

Em uma outra classificação, feita pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) através do Parecer de Orientação 40, o enquadramento se dá em três tipos: (1) token de pagamento; (2) token de utilidade; e (3) token referenciado a ativo. Confira as respectivas funções a seguir.

  1. “(cryptocurrency ou payment token): busca replicar as funções de moeda, notadamente de unidade de conta, meio de troca e reserva de valor”.
  2. “(utility token): utilizado para adquirir ou acessar determinados produtos ou serviços”.
  3. “(asset-backed token): representa um ou mais ativos, tangíveis ou intangíveis. São exemplos os ‘security tokens’, as stablecoins, os non-fungible tokens (NFTs) e os demais ativos objeto de operações de ‘tokenização’”.

Tokenização de pagamento como vantagem competitiva

De acordo com artigo publicado pela executiva da Transfero no Blocknews, mais de US$ 2 bilhões distribuídos em ativos como bitcoin, ethereum e stablecoins estão armazenados em carteiras digitais. No entanto, essa quantia que poderia circular no mercado varejista, por exemplo, esbarra na falta de infraestrutura das empresas para criptomoedas como forma de pagamento.

Diante dessa conjuntura, ela conclui que a tokenização não só soluciona o problema de pagamentos com criptomoedas e stablecoins, como também proporciona maior competitividade ao atrair novo perfil de cliente, posicionar a marca estrategicamente frente ao mercado global e aumentar poder de compra.

Case Zona Sul

Um exemplo do que foi defendido por Juliana é o case da Transfero com a rede de supermercados Zona Sul. Ainda em fase de testes, a estratégia consiste em atrair estrangeiros e turistas à base de clientes do mercado por meio da aceitação de criptomoedas como bitcoin (BTC), ether (ETH), solana (SOL), BNB, USDC, USDT, ARZ, BRZ e EuroC, via Transfero Checkout. O pioneirismo da rede permite maior flexibilidade financeira e segurança, assim como menor custo.

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  • 25 de Fevereiro, 2025