Transfero adquire Fuse Capital e dá novo passo rumo ao DeFi
A Transfero Group adquiriu a Fuse Capital, gestora de recursos financeiros inaugurada em 2011 e com foco em ações e investimentos fundamentalistas. Seu principal objetivo é analisar o potencial de startups e realizar aportes estratégicos para ajudá-las a se desenvolver.
Dados como fluxo de caixa, mecanismos de governança e perspectivas de mercado são levantados para filtrar negócios com potencial. AIO Educação, Etherfuse, Mantrachain e Solaris são alguns exemplos de projetos selecionados.
O CEO da Transfero Ventures, Cláudio Just, comentou que a aquisição abre caminho para o lançamento de serviços relacionados às finanças descentralizadas (DeFi). “Impulsionando não apenas a integração com o Drex, mas também trazendo soluções financeiras inovadoras que irão beneficiar empresas e consumidores globalmente”, comentou.
Fuse Capital e Transfero já eram parceiras
As empresas já eram sócias da BRX Finance, fintech que atua na interseção entre o mercado financeiro tradicional (TradFi) e o DeFi. A plataforma tem a stablecoin BRZ integrada, assim como outros tokens que representam ativos do mundo real (RWA).
Agora, o caminho para construir soluções integradas com o novo dinheiro se torna mais abrangente. Além da aquisição da Fuse Capital, a Transfero Group está compartilhando a experiência de mercado com o Banco Central do Brasil (BCB) para ajudar a desenvolver soluções únicas para os usuários.
Em entrevista ao Cointelegraph, o cofundador da Fuse Capital, Dan Yamamura, comentou que a empresa continuará com total autonomia na gestão de fundos e desenvolvimento de produtos e serviços voltados para o DeFi.
“Nosso foco permanece naquela tese que chamamos de Web 2.5”, comentou Yamamura. Trata-se da fusão entre a Web 3.0, trazida pela descentralização e inovação do setor cripto, e do setor tradicional, controlado por empresas de grande porte.
Uma decisão estratégica
A aquisição propõe oportunidades e desafios estratégicos para ambas as empresas. O desenvolvimento de soluções financeiras diferenciadas e a expansão do processo de tokenização mostram o amadurecimento do mercado blockchain brasileiro, aproximando-o das novas tecnologias.
Além de trazer mais eficiência e transparência para ambos os mercados, a necessidade da construção de um ambiente de interoperabilidade jurídica se mostra presente. O BCB busca inspiração em modelos regulatórios, como o suíço, para permitir o desenvolvimento ordenado e saudável da economia tokenizada.
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