Trump ameaça novas tarifas e criptomoedas intensificam perdas
O mercado de criptomoedas já abriu em queda nesta quarta-feira (23), mas aprofundou as correções nas últimas horas. O XRP, por exemplo, que abriu o dia em queda de 1,4%, agora acumula perdas de 7,8%. Já a Dogecoin (DOGE) cai quase 9% – abriu o dia com perdas de pouco mais de 4%.
Da mesma forma, o preço do Bitcoin (BTC) caiu para US$ 117.300, com perdas de 0,9%, o que ainda é o melhor desempenho entre as criptomoedas do Top 10. Até mesmo o BNB, que abriu em alta de 4% e rompeu topo histórico, agora zerou todos os ganhos e voltou para US$ 770.
O golpe ocorreu após o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçar impor tarifas mais altas. De acordo com uma publicação do presidente na Truth Social, a exigência é de que os países “abram o mercado” para produto dos Estados Unidos. Caso isso não aconteça, Trump ameaçou retaliar e impor tarifas ainda mais severas.
“Eu só vou reduzir tarifas se um país concordar em abrir o seu mercado. Caso ele não concorde, (vou colocar) tarifas mais altas. Os mercados do Japão estão abertos (pela primeira vez na história). Empresas dos Estados Unidos vão bombar!”, comentou o presidente dos EUA.
- Leia também: FBI encerra investigação contra fundador da Kraken
Trump faz novas ameaças
O amplo declínio do mercado de criptomoedas ocorre em meio à ameaça de Trump de aumentar as tarifas sobre países que se recusarem a “abrir seus mercados“. Trump ameaçou diretamente os países que não removerem barreiras comerciais, impedindo empresas americanas de vender seus produtos.
Em sua publicação, o presidente deu a entender que o Japão aceitou remover as barreiras protecionistas. Mas não está clara qual será a extensão dessa abertura. Os EUA não zeraram as tarifas a produtos japoneses, mas as reduziram de 27,5% para 15%, causando uma forte alta nas ações de empresas do Japão.
Os papéis da Toyota, por exemplo, fecharam o pregão desta quarta-feira com alta de 14% e as ações da Honda subiram 11%. Já o índice Nikkei fechou o dia em alta de 5,1%.
Anteriormente, Trump emitiu cartas comerciais para vários países, ameaçando tarifas de até 30% a partir de 1º de agosto. No caso do Brasil, o presidente impôs uma tarifa de 50% a partir desta data, que o governo brasileiro ainda tenta negociar.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, classificou 1º de agosto como um “prazo final rígido“. Além disso, Bessent afirmou, em uma entrevista à Fox que os EUA arrecadaram quase US$ 100 bilhões desde que as tarifas entraram em vigor.
No início de julho, Trump adiou a implementação das tarifas para 1º de agosto, mas descartou a possibilidade de conceder um novo prazo. Isso levou o mercado de criptomoedas a despencar em meio a rumores de negociações de extensão com a China.
Apesar das alegações de inflação zero devido às tarifas de Trump, os dados de inflação medidos pelo CPI de junho foram ligeiramente mais expressivos, ficando em 2,7% no acumulado de 12 meses.
Criptomoedas aprofundam perdas
Dados do CoinGecko revelam que os preços das criptomoedas estão em forte tendência de baixa, perdendo quase US$ 40 bilhões da capitalização de mercado global.
Entre as 10 maiores criptomoedas, a DOGE é a mais afetada, perdendo 8,8% de seu valor, sendo negociada a US$ 0,24, seguida pela XRP, com uma perda de 7,8 %.
A Solana (SOL) está sendo negociada atualmente a US$ 190, com queda de 4,75%, enquanto a Cardano (ADA) registra uma queda de 5,38%, cotada a US$ 0,80. Enquanto o Ethereum registrou uma perda de 3,5%, com seu preço caindo abaixo de US$ 3.600.
Uma olhada no gráfico revela que HBAR, LINK, XLM e SHIB despencaram 6,22%, 5,25%, 5,19% e 6%, respectivamente. No momento em que este artigo foi escrito, o valor de mercado global de criptomoedas era de US$ 3,87 trilhões, enquanto os volumes diários de negociação estavam em US$ 195 bilhões, uma queda de 12% em relação ao último dia.
- Leia também: PNC Bank se une à Coinbase para dominar o mercado cripto – Veja as melhores criptos para comprar agora
O post Trump ameaça novas tarifas e criptomoedas intensificam perdas apareceu primeiro em CriptoFacil.
.
