VanEck quer criar um ETF de criptomoedas

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A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) recebeu uma proposta de registro de um fundo de índice (ETF) de criptomoedas do VanEck, um dos maiores grupos financeiros do país. Empresas e instrumentos financeiros simpatizantes do segmento blockchain fazem parte do público-alvo do produto.

Aproximadamente 80% do fundo será composto por ativos ligados a grupos digitais voltados à Web 3.0, como corretoras de criptomoedas, mineradoras de criptoativos, plataformas intermediárias de pagamento, entre outros.

Uma subsidiária da VanEck, registrada nas Ilhas Cayman, será utilizada para controlar os investimentos digitais do fundo. Trata-se de uma escolha que busca adequar o produto às leis de conformidade norte-americanas.

Fundos de índice são uma forma de investir indiretamente em criptomoedas dentro de exchanges e de Bolsas de Valores. Tokens atrelados ao fundo são negociados como se fossem ações e têm como objetivo replicar o desempenho de um índice de referência. No Brasil, por exemplo, o BOVA11 busca seguir a mesma performance do Índice Ibovespa, que calcula o desempenho das ações negociadas na Bolsa brasileira (B3). 

Por que o VanEck fez esta escolha?

VanEck
Foto: Timon/ Adobe Stock

Fundada em 1955 por John C. van Eck, a empresa é conhecida por seus serviços financeiros dentro da esfera tradicional. Isso significa que um ETF é uma maneira mais segura de oferecer um produto digital com preços mais estáveis e de acordo com as normas legais em vigência.

Sendo assim, todos os ativos digitais ligados ao contrato estão sob custódia, direta ou indiretamente, da companhia. Por meio de relatórios regulares, os investidores poderão acompanhar de que maneira o portfólio está sendo construído.

Em termos de infraestrutura, é mais simples negociar um ETF do que fundos diretos em criptomoedas. Toda a tecnologia existente pode ser incorporada a esses produtos, garantindo fácil acesso aos seus acionistas.

Usuários que buscam diversificar suas aplicações podem tirar proveito dos ETFs. Estes são geralmente compostos por várias naturezas de ativos, tornando-os normalmente mais rentáveis que investimentos em um único ativo, sobretudo no longo prazo.

Por fim, estes produtos estão sujeitos a regulamentações rígidas do que opções ligadas às finanças descentralizadas (DeFi). Isso traz mais segurança jurídica aos investidores, que serão protegidos caso haja algum descumprimento da empresa.

ETFs de criptomoedas no Brasil

Existem alguns fundos de índice vinculados a ativos digitais no Brasil. BITH11 (Nasdaq Bitcoin Reference Price), ETHE11 (Nasdaq Ethereum Reference Price), HASH11 (Nasdaq Crypto Index) e QBTC (CME CF Bitcoin Reference Rate) são alguns exemplos.

Segundo a B3, o BITH11 foi o fundo de índice que teve o melhor rendimento até 23 de julho de 2024 (72,49%), seguido do ETHE11 (70,01%) e do HASH11 (69,77%). Juntos, os três ETFs movimentaram mais de R$ 42 bilhões até o período analisado. 

Com a entrada da VanEck neste universo, é possível que o produto seja disponibilizado na B3, assim como o NFTS11 (Investo VanEck Crypto Compare Media & Entertainment Leaders). No entanto, por estar em fase preliminar de aprovação, não há maiores informações a respeito disso.

O post VanEck quer criar um ETF de criptomoedas apareceu primeiro em PanoramaCrypto.

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  • 13 de Fevereiro, 2025