Visa testa solução de tokenização no Drex com lançamento da VTAP
Nesta terça-feira, 03 de dezembro, durante o Visa Day 2024, a Visa anunciou uma importante inovação no mercado financeiro. Fernando Amaral, vice-presidente de Soluções e Inovação da Visa no Brasil, revelou o lançamento da Visa Tokenized Asset Platform (VTAP).
Essa nova plataforma permitirá que empresas tokenizem ativos, credenciais e outros dados e produtos de maneira eficiente e segura.
Além disso, Amaral explicou que a VTAP será utilizada nos testes do Drex, em parceria com a XP. O principal objetivo é otimizar o mercado de câmbio.
A proposta visa melhorar a eficiência, a transparência e os controles de risco nas transações entre o real e outras moedas soberanas. Com isso, a negociação poderá ocorrer 24 horas por dia, sete dias por semana, proporcionando maior flexibilidade e agilidade aos participantes do mercado.
A tokenização de contratos de câmbio traz diversas vantagens. Primeiramente, ela reduz custos ao otimizar os fluxos de trabalho. Em segundo lugar, garante o cumprimento de todas as regras e condições das transações de compra e venda de moeda estrangeira.
Dessa forma, as empresas poderão registrar e monitorar cada etapa das transações de forma mais clara e segura.
Visa e mercado de tokenização
Além do Drex, a VTAP estará disponível para todos os parceiros da Visa. Segundo Amaral, a plataforma permitirá que bancos e outras instituições tokenizem diversos tipos de ativos, desde recebíveis bancários até contratos de compra de veículos. Isso amplia significativamente as possibilidades de uso da tokenização no setor financeiro.
Atualmente, o sistema de tokenização já está disponível no ambiente de Sandbox para clientes da Visa. “Entendemos que o mundo e a economia serão tokenizados de toda maneira.
Isso acontece não só no Brasil, mas ao redor do mundo inteiro. Acreditamos que a tokenização será uma tendência global”, afirmou Amaral.
A VTAP possui duas grandes estruturas. A primeira é uma solução de tokenização que utiliza contratos inteligentes e blockchain, permitindo a geração e transferência de ativos bancários e comerciais.
A segunda estrutura é a interoperabilidade, que conecta os ativos tokenizados a diferentes redes blockchain e soluções de pagamento, como o PIX.
“Nosso papel como empresa de tecnologia é fundamental para a interoperabilidade. Acreditamos que essa solução é abrangente e flexível, capaz de atender a diversos casos de uso”, destacou Amaral.
A plataforma oferece às instituições financeiras as ferramentas necessárias para criar tokens digitais que representam valores e dados. Por meio de uma camada de APIs, os clientes podem acessar e testar as capacidades da VTAP, conectando-se à infraestrutura blockchain da Ethereum.
Além disso, a VTAP permite que os bancos mintem, queimem e transfiram tokens vinculados a diversos ativos, facilitando a digitalização e automação de fluxos de trabalho existentes.
Inicialmente, a VTAP utilizará uma blockchain permissionada compatível com a Ethereum Virtual Machine (EVM) para testes de casos de uso. Para facilitar esses testes, a plataforma oferece uma solução de custódia integrada, permitindo que os clientes gerenciem suas carteiras sem a necessidade de infraestrutura própria.
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