Worldcoin tenta resolver impasses na Argentina

Share

worldcoin

Alex Blania, CEO da Tools for Humanity, plataforma por trás da Worldcoin, visitou a Argentina nesta semana para resolver os impasses da plataforma com as autoridades do país sul-americano. Em uma série de reuniões, ele se encontrou com diversas autoridades governamentais, incluindo Demian Reidel, do Conselho de Assessores do Presidente Javier Milei.

A Worldcoin tem como objetivo esclarecer as preocupações levantadas por várias entidades argentinas, como a Agência de Acesso à Informação Pública (AAIP) e o Ministério de Produção, Ciência e Inovação Tecnológica da província de Buenos Aires. Em 2023, a AAIP conduziu uma investigação preliminar sobre possíveis violações da Lei de Proteção de Dados Pessoais. Na época, a entidade solicitou esclarecimentos sobre o uso de dispositivos de digitalização da íris e exigiu uma avaliação de impacto correspondente.

Já em abril de 2024, a Província de Buenos Aires acusou a Worldcoin de cláusulas contratuais abusivas, violando a Lei Nacional de Defesa do Consumidor. A Direção Provincial de Defesa dos Direitos do Consumidor identificou essas supostas violações, ameaçando a empresa com uma multa substancial.

Worldcoin nega acusações de violação

A Worldcoin rejeitou essas acusações, afirmando que respondeu a todas as solicitações da província de Buenos Aires desde janeiro deste ano. De acordo com a empresa, eles estão em conformidade com as leis argentinas.

Além disso, as ações de Blania na Argentina foram acompanhadas por uma campanha publicitária direcionada ao público local. A mensagem destaca os benefícios de aderir ao Worldcoin para obter uma identidade digital única nas redes sociais.

Apesar das autoridades do país questionarem sobre a segurança de seus cidadãos e sobre violações de leis nacionais, a Worldcoin se mantém firme na decisão de permanecer na Argentina. Essas iniciativas mostram que a estratégia da empresa visa não apenas expandir sua base de usuários, mas também evitar sanções ou proibições na Argentina e em outros países onde enfrenta desafios regulatórios.

Além disso, uma proposta de lei foi apresentada para regular empresas que coletam dados biométricos, como a Worldcoin. O projeto visa estabelecer um marco regulatório para proteger os usuários desses serviços. Os reguladores argentinos estão preocupados com o potencial uso indevido de dados coletados pelo Orb, o dispositivo de digitalização da íris usado pela Worldcoin. Milhões de argentinos forneceram seus dados em troca do token WLD.

A Worldcoin insiste que cumpre os mais altos padrões de proteção de dados. Seu objetivo declarado é criar uma identidade digital universal para facilitar o acesso a serviços financeiros e outras oportunidades de forma segura e eficiente.

No entanto, investigações na província de Buenos Aires sugerem contradições entre as declarações da empresa e os dados coletados em auditorias realizadas em diferentes localidades onde a Worldcoin opera.

.

  • 7 de Maio, 2024